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Judô: maturidade precoce pode ser trunfo de Beatriz Souza rumo a Paris

Atleta integra equipe brasileira que estreia amanhã no Pan de Lima

O Brasil terá 19 judocas no Campeonato Pan-Americano/Oceania Sênior, que começa nesta sexta-feira (15), em Lima (Peru), com transmissão ao vivo no canal oficial da Federação Internacional de Judô (IJF), no YouTube. Seis deles chegam à competição, que garante 700 pontos ao campeão no ranking da Federação Internacional de Judô (IJF, sigla em inglês), para defender o título conquistado no ano passado, em Guadalajara (México). Caso da paulista Beatriz Souza, que apesar de ter apenas 23 anos, já é um dos nomes mais experientes da equipe.

Atual número dois do ranking na categoria pesado (acima de 78 quilos), Bia chegou em 2018 à seleção brasileira adulta, aos 19 anos. Na temporada seguinte, foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima e ajudou o Brasil a conquistar o terceiro lugar no Campeonato Pan-Americano por equipes, vencendo duas vezes a cubana Idayls Ortiz, campeã olímpica. Em 2021, ela foi ao pódio no Campeonato Mundial de Budapeste (Hungria), também levando o bronze.

Em novembro do ano passado Beatriz Souza conquistou o título do Grand Slam de Abu Dhabi ao derrotar a francesa francesa Lea Fontaine na final dos 78 quilos – Emanuele Di Feliciantonio/IJF/Direitos Reservados

As conquistas deixaram a então novata disputando com Maria Suelen Altheman pelo posto de representante brasileira da categoria na Olimpíada de Tóquio (Japão). Dez anos mais experiente, Suelen levou a melhor, ficando apenas três posições à frente no ranking, ambas no top-10 mundial. No momento, os papeis estão invertidos, com a veterana em quarto lugar, dois atrás de Bia.

“Acho que posso pegar o ciclo passado como uma enorme experiência. Foi bem puxado, com muitas competições e treinamentos. Saio mais forte, melhor tecnicamente e com foco maior. A gente [ela e Suelen] é super amiga fora do tatame. Ela me ajuda muito. Acho que é assim que se constrói um grande atleta. Você evolui com a rivalidade no tatame de competição. Queria chegar nela e queria a vaga. Acho que tanto eu consegui evoluir muito, como ela também”, disse Bia.

A maturidade da paulista não passa somente pela experiência representando o Brasil nos tatames. Natural de Peruíbe (SP), Bia se mudou para São Paulo sozinha, com apenas 13 anos, para seguir carreira no esporte pelo qual se apaixonou.

“É muito difícil sair de casa na adolescência. Logo eu, super agarrada na família. Chegava em casa do treino, tinha comidinha pronta, era só arrumar a cama e estava tudo certo [risos]. Quando sai de casa, é tudo diferente. A saudade diária bate forte, os treinos muito fortes também, o que era outra realidade. Acordava mega cedo para ir à escola, então tinha que ter o estudo em dia, treinar e me alimentar, além de descansar e segurar a saudade para não bater o desespero de querer voltar para casa”, recordou a judoca, apresentada à modalidade pelo pai, ex-atleta de judô.

Fonte: Agência Brasil

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