Confira entrevista exclusiva com o violeiro Robson Furiozo.
A musicalidade sertaneja é uma das características mais marcantes da cultura brasileira, surgiu no sertão nordestino brasileiro e se espalhou por todo o país. Este ritmo contagiante exalta a vida do homem no campo e nas cidades interioranas do Brasil.
Foi a partir da década de 1960, que o Dia do Sertanejo começou a ser comemorado, por iniciativa da Rádio Aparecida, para homenagear os vários violeiros do sertão que frequentam as missas na cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo.
E quando se fala do resgate da música de origem sertaneja em Valinhos, logo surge o nome do violeiro Robson Furiozo
Como surgiu a paixão pela musicalidade sertaneja?
Foi influência de família! Nasci no Sitio! Então, desde criança quando a família se reunia pela manhã para colheita do figo, eu ficava no rancho ajudando a encaixotar e embalar as frutas. Mas o radinho não faltava e as modas de violas eram nossa sinfonia de todas as manhãs, acredito que a influência e a paixão pela verdadeira música caipira se iniciou aí. Sou muito grato por isso.
Quais nomes da música sertaneja de raiz você se inspira?
Me inspiro em várias, mas uma das canções que mais me inspirou e me inspira até hoje, é a canção Tocando em frente (Almir Sater/ Renato Teixeira).
O que representa o ritmo sertanejo para você?
O ritmo sertanejo pra mim representa uma forma de expressão simples e verdadeira, cheio de histórias boas e alegres, que sempre nos proporciona momentos nostálgicos, na maioria das vezes, recordações de momentos bons vividos em família.
Como você vê o cenário da música sertaneja no cenário atual?
Para mim, quando se fala em música sertaneja, vejo dois tipos de cenário: o Raiz e o atual. Esse cenário atual se distanciou das origens sertanejas em suas composições, trazendo uma roupagem moderna, mas ainda querendo dar uma pitadinha com as melodias e harmonias da música raiz, atraindo um público mais jovem. A música raiz, ainda nos dias de hoje, é um seguimento que admiro muito porque mantém viva a memória de momentos vividos por uma grande maioria de famílias, e tem um público fiel, que preserva essa cultura, passando de geração a geração a emoção de ouvir uma música e sentir o que o compositor sentiu em sua obra.
Deixe um recado para os amantes da música sertaneja? Meu recado é que nunca deixem de ouvir uma boa moda, ela sempre vai te deixar uma boa história. E história boa, sempre fica guardada em nossos corações.