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Balão intragástrico – tratamento para obesidade via endoscopia

O balão intragástrico é um tratamento para obesidade realizado através de endoscopia. É uma opção intermediária, entre o tratamento clínico/conservador e a cirurgia bariátrica. Ele costuma ser indicado para pacientes com sobrepeso ou obesidade Grau 1, mas também pode ser utilizado em pacientes com obesidade mórbida, que precisam emagrecer antes da cirurgia bariátrica, ou para pacientes que, apesar de terem indicação para bariátrica, não querem se submeter ao procedimento.

O balão é feito de silicone e colocado no estômago do paciente por endoscopia. No estômago, nós o enchemos com soro fisiológico e azul de metileno. A colocação do balão, que pode ficar no organismo por seis meses, dá ao paciente uma sensação de saciedade precoce porque ele ajuda a distender o fundo do estômago, que manda um reflexo para o hipotálamo, região do cérebro que controla a sensação de fome e saciedade. Com isso, ele se sente satisfeito com a ingestão de uma quantidade menor de comida.

O emagrecimento com o balão varia de 10% a 20% do peso inicial da pessoa. Com os nossos pacientes, percebemos que o resultado que os homens têm é um pouco melhor. Normalmente, as mulheres perdem em torno de 12%, mas podem chegar a 20% se fizerem dieta e atividade física.

Os resultados do balão estão muito ligados ao comprometimento do paciente com o tratamento. Antes da colocação, ele deve passar por consulta com a nutricionista e a psicóloga. Esse acompanhamento deve continuar durante todo o tratamento. Também é importante que o paciente também seja acompanhado por um endocrinologista, que vai avaliar se é necessário recomendar o uso de algum medicamento para redução de apetite. Dessa forma, conseguimos atuar em duas frentes, o que aumenta ainda mais a saciedade e, consequentemente, os resultados.

É importante que o paciente esteja ciente de que a primeira semana com o balão pode ser difícil. Ele pode ter dor, enjoo e vômito. Em alguns casos, é necessário tomar uma medicação na veia para melhorar esses desconfortos. A segunda semana já costuma ser bem mais fácil e, depois da terceira semana, é tranquilo. O paciente precisa saber disso para não colocar o balão em uma semana e tirar na outra.

O paciente que está com balão intragástrico precisa sempre estar atento à sua urina. É muito raro, mas há casos em que ele começa a esvaziar, então o corpo absorve o azul de metileno e o elimina na urina. Portanto, se houver alteração na cor da urina, é necessário entrar imediatamente em contato com a equipe médica para que o dispositivo seja retirado.

Admar Concon Filho

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