Devoção a São Sebastião e o Surgimento da Festa do Figo em Valinhos

O primeiro registro oficial da Festa de São Sebastião remonta ao dia 26 de janeiro de 1919 e foi realizado pelo padre Guilherme Bruschhanser

A paixão fervorosa a São Sebastião, padroeiro de Valinhos, sempre foi uma fonte de afeto e celebração intensa por parte dos paroquianos. Inicialmente, não havia registros oficiais das festividades que acompanhavam essas venerações, as quais tradicionalmente ocorriam no mês de janeiro, sob a supervisão da igreja. No entanto, a história dessas festas foi cuidadosamente registrada no livro Tombo da Paróquia de São Sebastião a partir de 1919. O primeiro registro oficial da Festa de São Sebastião remonta ao dia 26 de janeiro de 1919 e foi realizado pelo padre Guilherme Bruschhanser.

Em 1939, nasceu a primeira edição da icônica Festa do Figo, com o intuito de impulsionar a comercialização e aumentar o consumo dessa saborosa fruta, além de promover Valinhos como uma estância turística e arrecadar fundos para a construção de uma nova igreja. As primeiras festividades ocorreram nas proximidades da atual Matriz de São Sebastião, cuja pedra fundamental foi lançada em 9 de junho de 1939.

A concretização da Festa do Figo contou com a inestimável colaboração de diversos indivíduos, com destaque para a participação ativa do vice-prefeito Luis Antoniazzi (1848-1952), seus irmãos Francisco Antoniazzi, Libanio Antoniazzi, Victório Bissotto, Pedro de Barros, Dr. Fernando Leite Ferraz, e tantos outros cujas contribuições foram valiosas. Essas pessoas desempenharam papéis essenciais como organizadores, leiloeiros e grelhadores, e graças ao trabalho voluntário de tantos valinhenses dedicados, a Festa do Figo atingiu seu ápice.

O evento anual se tornou uma verdadeira tradição em Valinhos, unindo a comunidade em torno de sua fruta emblemática e deixando um legado de união e participação popular ao longo dos anos. A celebração tornou-se importante na divulgação da cidade, impulsionando seu reconhecimento como estância turística e fortalecendo o desenvolvimento econômico da região.

Anair Spanholeto: 1ª Boneca Viva

No ano de 1950, com apenas 10 anos de idade, Anair Spanholeto conquistou o título de primeira “boneca viva” da Festa do Figo, recebendo um impressionante total de 840 votos. O concurso, realizado com o propósito de angariar fundos para as obras da Matriz, tinha um aspecto singular: antes mesmo do anúncio do resultado, as jovens participantes eram colocadas dentro de grandes caixas na exposição agrícola, assemelhando-se a verdadeiras bonecas.

1ª Rainha da Festa do Figo

O concurso para eleger a rainha da Festa do Figo foi uma ideia do saudoso Antônio Palácio Neto. Ao longo dos anos, essa competição envolveu diversos segmentos da sociedade valinhense, pois a vencedora era aquela que conseguia arrecadar o maior número de votos. A primeira rainha eleita foi Amália Therezinha Antoniazzi, que, juntamente com duas princesas, marcou um novo capítulo na história da festividade.

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