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Vírus respiratórios voltam a avançar no país, afirma Fiocruz

São Paulo e Distrito Federal são as unidades da Federação que seguem registrando o maior volume de casos positivos para influenza nas últimas semanas

O mais recente boletim Infogripe, elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alerta que o vírus influenza A representou 24,6% dos casos positivos para vírus respiratórios nas últimas quatro semanas. O percentual é semelhante ao da covid-19, que apresentou queda no mesmo período.

De acordo com o boletim, São Paulo e Distrito Federal são as unidades da Federação que seguem registrando o maior volume de casos positivos para influenza nas últimas semanas. O levantamento tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Para o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes, o crescimento do vírus pode se estender para outros estados, especialmente por causa de São Paulo e do Distrito Federal, que concentram a maioria dos casos. Ele salienta que por serem regiões com alto fluxo de deslocamento de pessoas de outras partes do Brasil, são vetores para a disseminação do vírus.

“Essa tendência recente serve de alerta para os demais estados do país, em decorrência da importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos através da malha aérea nacional”, explicou o coordenador do Infogripe, em comunicado. Os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná mostraram uma tendência de alta no número de casos.

Segundo o boletim da Ficruz, também há uma tendência de alta moderada nos casos de covid-19 no Brasil, nas tendências de longo e curto prazo. O dado é concentrado fundamentalmente na faixa etária de zero a quatro anos. Entre os casos de influenza A com subtipagem, há predomínio para o H3N2, tal como observado ao final de 2021.

Oito das 27 unidades da Federação apresentaram crescimento moderado na tendência de longo prazo: Alagoas, Amazonas, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Sergipe e São Paulo. Entre as capitais, 13 das 27 apresentaram avanço na tendência de longo prazo até o mesmo período: Aracaju, Belém, Campo Grande, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória. O crescimento moderado está associado principalmente aos casos em crianças e adolescentes.

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