Em 2016, 2,03% dos recém-nascidos só tinham a mãe na certidão; agora, são 4,62%
Entre 1° de janeiro e 20 de julho deste ano, 25 recém-nascidos em Valinhos não tiveram o nome do pai registrado na certidão de nascimento. Os dados, levantados pelo Jornal Terceira Visão, são do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). O índice representa 4,62% de todos os 541 nascimentos registrados neste ano. Para auxiliar no reconhecimento da paternidade e garantir os direitos às crianças, o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) — junto com a Defensoria Pública de São Paulo — mantém o Programa “Meu pai tem nome”.


Enquanto o número de nascimentos em Valinhos diminuiu em seis anos, os registros sem identificação do pai aumentaram nesse mesmo período. Em 2016, houve 1.083 nascimentos na cidade, dos quais 2,03% (22 recém-nascidos) não tinham o nome do pai no registro. Em 2017, esse índice subiu para 2,62%.


De 2020 em diante, o número de nascimentos foi diminuindo em Valinhos, porém o índice de registros com pai ausente aumentou. Em 2019, o percentual subiu para 3,73%; em 2020 para 3,03%; e em 2021, para 3,21%.


Somente nos primeiros 6 meses e meio de 2022, o índice saltou para 4,62%. No acumulado de 2016 a 2022, foram 209 recém-nascidos nessa condição, ou 3% de todos os 6.969 nascimentos no período.