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Construção civil desperta para a responsabilidade ambiental

O mercado imobiliário e a economia caminham em conjunto. Ao mesmo tempo em que este segmento impulsiona o mercado financeiro, atualmente visa criar uma nova mentalidade, promovendo a sustentabilidade.

Os entulhos das obras descartados de forma irregular podem se transformar numa solução na geração de mais economia para a construção civil, caso fossem reciclados de forma correta.

“A Política Nacional do Meio Ambiente tem a função de apontar os possíveis riscos que um projeto pode oferecer à natureza e indicar uma solução para a implantação do projeto de forma a combater e prevenir um possível dano ambiental”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Num passado recente tudo o que sobrava das construções era descartado na rua ou em aterros. Com todo o entulho que foi desperdiçado no Brasil seria possível construir quase quatro milhões de casas populares, ou pavimentar 168 mil quilômetros de estradas.

O engenheiro em controle de poluição, tecnólogo em saneamento e professor da Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), Geraldo do Amaral Filho, afirma que “os restos de construção devem ser separados, pois na maior parte dos casos, podem ser reaproveitados”.

As construtoras e incorporadoras estão se alinhando com a questão de projetos para causar menor impacto ambiental, destaque no paisagismo, bem-estar na vida em condomínio e mais lazer e serviços em busca de um futuro melhor.

Segundo Charles Everson Nicoleit, gestor de obras e empresário com quase 30 anos de experiência nesse segmento, de modo geral, estamos vendo uma preocupação, ou no mínimo um interesse de toda comunidade seja construtores ou compradores das unidades, com relação ao que podemos fazer de melhor para melhorar o planeta como um todo.

Se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de CO2 do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e China. Na América Latina, Brasil e México são produzidos mais de 100 milhões de toneladas métricas de cimento por ano (MTA). Argentina e Peru seguem em produção e consumo de cimento com mais de 10 MTA. No mundo, a produção de cimento responde por um total de 8% das emissões globais.

Este cenário climático global tem apresentado a necessidade de optar por alternativas menos poluentes e, assim, reduzir as emissões de CO2 associadas à produção de cimento. Fleming Voetmann, vice-presidente da FLSmidth disse: “quarenta por cento das emissões vêm da liberação de CO2 que está embutido em um material de base usado para a criação de cimento: o calcário”.

O projeto de obras voltadas para o conceito verde sustentável tem a proposta de oferecer coletores de água da chuva, captação de energia solar, maior área permeável, ótimos espaços de lazer, coworking e o máximo de aproveitamento no paisagismo com o plantio do maior número de espécies possíveis, inserindo a Biofilia, que é conectar o ser humano com a natureza.

“Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são desafiadores, sem dúvidas, mas possíveis e essenciais. Mas devem estar entre as prioridades do setor empresarial. No Brasil, o crescente número de signatários do Pacto Global da ONU mostra a maturidade de boa parte dos empresários”, conclui Vininha F. Carvalho.

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