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Cresce o diagnóstico de câncer no intestino no Brasil

O Março Azul Marinho é uma campanha de conscientização sobre o câncer colorretal, que é considerado o segundo tipo de câncer mais frequente em homens após o câncer de próstata, e o segundo entre as mulheres após o câncer de mama. A campanha tem como objetivo promover a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de intestino, uma vez que isso aumenta as chances de sucesso no tratamento e cura da doença. 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), estima-se que o Brasil deve registrar 44 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025, sendo que 70% serão concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Segundo o Inca, 23.660 casos devem ser diagnosticados entre mulheres e 21.970 entre homens. A busca sobre a doença aumentou devido a casos recentes de câncer de intestino entre famosos, como Pelé, o ex-jogador e ídolo do Vasco Roberto Dinamite, além das cantoras Preta Gil e Simony.

Os sintomas do câncer colorretal podem variar dependendo da localização e do estágio da doença. Alguns dos sintomas mais comuns incluem sangue nas fezes ou no papel higiênico após evacuação, alterações no hábito intestinal (como diarréia ou constipação persistente), dor abdominal persistente, sensação de que o intestino não foi completamente esvaziado após evacuação, perda de peso sem causa aparente, cansaço constante ou fadiga, entre outros.

De acordo com o coloproctologista e cirurgião robótico, Dr. Alexandre Nishimura, o Março Azul-Marinho é uma importante ação de conscientização e prevenção do câncer de intestino, “pois promove um debate sobre o assunto e maior mobilização da população e comunidade médica em ações preventivas, como realizações de palestras e mutirões de exames, como por exemplo de colonoscopia, que é o principal método diagnóstico para o câncer colorretal”.

Nishimura ressalta que, além da indicação da realização da colonoscopia a cada 5 anos, a partir dos 45 anos, como preventivo, é preciso que as pessoas tenham hábitos e atitudes saudáveis no dia a dia. Entre outras ações, ele cita “a prática regular de atividades físicas e a ingestão adequada de fibras”. Além disso, o especialista afirma que é preciso evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o tabagismo.

Segundo o coloproctologista e cirurgião robótico, embora o câncer de intestino apresente uma das maiores incidências no Brasil, perdendo apenas para o câncer de mama e de próstata, existe pouca preocupação da população em geral, pois na maioria dos casos os pacientes não apresentam sinais ou sintomas no momento do diagnóstico. 

“Portanto, as pessoas julgam não necessitar passar em avaliação com o coloproctologista, que é o especialista em doenças intestinais e, consequentemente, em câncer colorretal”, diz. 

O especialista destaca que mesmo atuando nos melhores hospitais do Brasil e oferecendo aos pacientes as tecnologias das cirurgias minimamente invasivas, como a cirurgia robótica e a videolaparoscopia, a melhor escolha é a prevenção ou pelo menos o diagnóstico precoce, quando existem altas taxas de cura. “Por isso é tão importante que a população se conscientize sobre este tema e essas pessoas sejam influenciadores nos seus meios, para que consigamos reduzir as taxas de incidência e salvar mais vidas”, finaliza. 

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