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Processo de digitalização dos negócios segue acelerado

Com as medidas de distanciamento social e o fechamento temporário de estabelecimentos durante a pandemia, muitas empresas foram forçadas a adotar soluções digitais para manter suas operações e se adaptar às novas condições, incluindo o trabalho home office. Segundo uma pesquisa realizada pela McKinsey, as organizações agilizaram a digitalização de suas interações com clientes, bem como das cadeias de suprimentos e de suas operações internas em até quatro anos.

De acordo com levantamento feito pela KPMG aponta que a crise sanitária possibilitou a criação de uma experiência digital perfeita para o cliente de acordo com 66% dos entrevistados; a criação de novos modelos de negócios digitais e fontes de receita para 70%; a digitalização das operações e a criação de determinado modelo operacional de próxima geração para 74% dos respondentes da pesquisa; e a criação de um novo modelo de força de trabalho, com trabalhadores humanos aumentados pela automação e inteligência artificial, para 75%.

De acordo com a presidente do conselho fiscal do Grupo Drexell, Cristina Boner, entre as principais inovações tecnológicas relacionadas à digitalização dos negócios advindas do período pandêmico, destaca-se o foco no consumidor, os feedbacks constantes, entregas mais ágeis e adaptação a mudanças.

“Nunca foi tão fácil entender os desejos e preferências dos consumidores. Então, é fundamental que essas informações orientem todo o trabalho da empresa”, diz. “Além disso, todas as empresas cometeram, cometem e cometerão erros. E como agora há mais e melhores possibilidades de obter feedback, é preciso aproveitar as falhas para qualificar o produto”, disse Boner.

Para a profissional, todos os processos de produzir, lançar o produto, obter feedbacks e corrigir os rumos quando preciso, devem acontecer com a máxima eficiência. Além disso, as entregas precisam ser ágeis porque os contextos mudam o tempo todo. “Por isso, a empresa precisa ter resiliência e, ao mesmo tempo, capacidade de flexibilizar seus processos”, salienta.

Segundo Boner, a crescente digitalização pode indicar novas tecnologias para o futuro a curto e médio prazo, com a ascensão da energia solar, com celulares implantáveis, curso de medicina à distância, além de quase todo o planeta interligado, com mais de um trilhão de sensores conectados à internet.

Conforme cita a presidente do conselho fiscal do Grupo Drexell, quem busca saber quais são os impactos da transformação digital na sociedade está simplificando o conceito. “Se a transformação digital fosse apenas o aumento no número de soluções tecnológicas usadas nas empresas e nos lares das pessoas, aí sim faria sentido falar em impactos na sociedade”, observa.

Mas, para Boner, a lógica é invertida, uma vez que as tecnologias causaram impactos na sociedade, o que gerou um cenário em que as empresas precisam passar pela transformação digital para se adaptarem. “A transformação digital é, portanto, consequência das mudanças ocorridas na sociedade, e não causa”, assegura. 

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