Com oito anos de atraso, a falta de consenso e definições na elaboração do documento tem prejudicado a cidade em várias áreas
Por Bruno Marques
Pela segunda sessão coletiva a reunião legislativa teve manifestações de cidadãos com cartazes. Desta vez, o objeto de protesto é o novo Plano Diretor. Munícipes e alguns vereadores pressionaram a análise e definições do documento que está há oito anos para ser aprovado, mas ainda não há data para votação em plenário.
Henrique Conti (PTB) abordou a questão da formulação do novo Plano Diretor: “Queremos que a comunidade participe dessa construção, e que ela seja séria e sustentável”. André Amaral (PSD) ressaltou que o Plano Diretor precisa ser um consenso na população, através de diálogo, e que ainda precisa de muitos ajustes para poder ser aprovado.


Franklin Duarte (PSDB) definiu que “o principal instrumento para valorizar a agricultura local é o Plano Diretor” e cobrou regulamentação atrasada da APA de proteção ambiental da Serra dos Cocais. Marcelo Yoshida (PT) reforçou que a elaboração do novo Plano Diretor tem que ser melhorada. Ele também lamentou o atentado terrorista de um nazista menor de idade em escola de Monte Mor. “Tivemos casos de apologia ao nazismo em Valinhos ano passado. É um problema a ser resolvido”.
Alécio Cau (PDT) lembrou que a questão do Plano Diretor está atrasada há oito anos: “A gestão incompetente do Clayton Machado não fez, a do Orestes Previtale Jr também não e, atualmente, o Plano precisa de correções”. O parlamentar também cobrou a Prefeitura para que a mesma notifique a CPFL sobre fiação em cruzamento no Jardim Jurema.
Pombos na mira
Mônica Morandi (MDB) disse que espera que a Prefeitura suspenda o contrato de R$ 2, 7 milhões com a empresa do sistema ‘espanta-pombos’ nas escolas municipais. Ela também criticou a falta de manutenção no município citando buracos e mato alto: “Está faltando amor e zelo pela cidade”.
Por sua vez, também ativista da causa animal, César Rocha (União) defendeu a Prefeitura na questão do sistema que repele pombos: “A Administração contratou a empresa por recomendação do Ministério Público”. O 2º secretário também rechaçou a aparição de saguis eletrocutados: “Foi um caso isolado e as acusações são levianas”.
Manutenções
Alexandre Japa (PRTB) pediu melhoria em estradas de terra do Macuco: “Sem condições de se transitar”. O 3º secretário também solicitou revitalização do campo do Inamps.
Tunico (União) pediu manutenção na Rua Pedro Rossi e também no Pinheirão e Parque Portugal, voltou a solicitar troca de placas de denominações de ruas e reforma do terminal rodoviário. A necessidade da medida foi evidenciada por duas reportagens do Jornal Terceira Visão no local, no ano passado.
Projeto de publicação de currículos dos cargos comissionados
Mayr (Podemos) falou sobre seu projeto de lei que visa obrigar a publicação do currículo profissional de todos os servidores comissionados no Executivo da cidade. O objetivo, segundo ele, é garantir a transparência na Administração Pública.
“Ao tornar obrigatória a publicação do currículo profissional da pessoa nomeada, a fiscalização do histórico e capacidade técnica para assumir determinado cargo será facilitada, evitando nomeações por mera conveniência política”, explicou o vereador.
O projeto diz que o currículo profissional deverá ser publicado no site oficial da Prefeitura, contendo nome do servidor, nível de escolaridade, experiência profissional e informações básicas de profissionalização.
O projeto está em análise nas comissões permanentes da Câmara e ainda não tem data definida para ser votado. O 2º vice-presidente também mostrou a reforma que ajudou a promover no Clube de Mães.
Tribuna Livre e ausências
Everson Capobianco, diretor do Senai, ocupou a Tribuna Livre. Três vereadores não foram à sessão: Fábio Damasceno se ausentou por motivos de saúde pela segunda vez consecutiva, Simone Bellini (ambos do Republicanos) e Edinho Garcia (PTB).