Querido casal Rafaela e Guilherme:

Gentilmente lembrados, convidados que fomos, estivemos presente no casamento de vocês, realizado num local de sonho: o Castelo dos Vinhais, situado nos Altos do Morumbi, em Vinhedo.

                A cerimônia realizada ao ar livre, ao som de magnífica orquestra, nos encantou, por narrar o pastor a estória do encontro de vocês até aquele solene momento que culminaria por celebrar publicamente o amor de vocês, unindo-os para sempre, tanto na alegria, quanto na tristeza. Mas o que mais emocionou foi a sua entrada Rafaela, ao lado do pai Cláudio, orgulhoso e, posteriormente, de ambas as suas avós trazendo a aliança que os uniria permanentemente, permanecendo no altar ao lado de vocês.

                  Da recepção, no castelo medieval, nem se fala. Perfeita em todos os sentidos: um bufê fantástico, canapés deliciosos e que derretiam na boca, pratos de resistência à escolha do freguês, bebidas as mais variadas e a gosto, música adequada, inclusive de DJ, mesa de doces de dar inveja a qualquer glutão.

                Tudo muito bonito, bem decorado, excelente, o que nos faz agradecê-los, ainda uma vez, pelo agradável convite para compartilhar essa maravilhosa festa de união com vocês.

                Entretanto, gostaríamos de lhes comunicar que, além do mimo que lhes ofertamos, pretendemos também, se nos permitirem, presenteá-los com um outro singelo mimo que, para nós, tem um significado especial, de real valor, ou seja, com um castiçal e vela, pelo valor simbólico de que este se reveste.                           

                É que desejamos que, com este castiçal e vela, vocês recebam, também, a sua decorrente mensagem que, ao lado de ser despretensiosa, pretende traduzir a vocês o nosso carinho com esse enlace que desejamos perene, como o anel que simboliza essa união: ¾ o anel não tem início e fim, é elo de vida constante, presente, inseparável e eterna, quer nos dias alegres, quer nos tristes.

                O castiçal que vocês irão receber só terá sentido de ser, de existir, se estiver acoplado da vela, sua eterna e imutável companheira. E mesmo a vela, que sentido pode ter sozinha, sem o castiçal?

                Percebam que o castiçal sem vela é peça vazia, inócua, que não ilumina, não dá luz, não aquece, não brilha, que não cumpre o sentido de sua existência.             

                A vela, por sua vez, sem o castiçal, também não produzirá a chama que dela se espera. Não será elevada pelo castiçal e, portanto, não ofertará o brilho e o calor que a altura lhe permitiria expandir. Ademais disso, estará exposta ao vento, sem a proteção da cúpula do castiçal, frágil sem o seu suporte natural, desprotegida. Tremulará e, fatalmente, apagará a sua chama, porque não foi cuidada, cultivada, amada.                                            

                É necessário que castiçal e vela, vela e castiçal,permaneçam sempre juntos, unidos, cumprindo a missão para que foram criados: suportar-se mutuamente, iluminando, dando e ofertando luz!

                Sejam, pois, Rafaela e Guilherme, um para o outro, vela e castiçal! Vocês são responsáveis, um pelo outro, por essa união, por esse mútuo consentimento de vida em comum, que exige, às vezes, renúncia e construção modelada, edificada com paciência e, sobretudo, com ternura, gesto que somente a compreensão recíproca permite e autoriza.                                  

                Que este símbolo de permanente união permaneça com vocês durante toda a sua existência para que, cuidado e mantido, com a vela sempre acesa, não os faça esquecer do que aqui foi dito.

                Afetuosamente,

                Wilson e Mirian Vilela

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