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Pela primeira vez, Papa Francisco insinua que casais do mesmo sexo podem receber sua bênção

O papa Francisco, pela primeira vez, sugeriu que casais do mesmo sexo poderiam receber a bênção de padres católicos em circunstâncias especiais. Essa sugestão foi feita em resposta a cinco cardeais conservadores que haviam questionado o papa sobre esses temas antes de um encontro no Vaticano. Os cardeais questionaram a possibilidade de abençoar uniões do mesmo sexo e a ordenação de mulheres ao sacerdócio.

Em sua resposta, o papa reafirmou que a Igreja reconhece o casamento apenas como uma união entre homem e mulher, mas deixou a porta aberta para a bênção de indivíduos em uniões do mesmo sexo. Ele enfatizou que um clero deve exercer “prudência pastoral” ao discernir se há formas apropriadas de abençoar tais uniões, desde que não transmitam uma concepção errônea de casamento.

Essa posição aparentemente contradiz uma declaração anterior do papa, quando ele afirmou que a Igreja não poderia abençoar uniões entre pessoas do mesmo sexo porque isso equivaleria a abençoar o pecado.

Quanto à ordenação de mulheres, o papa defendeu as palavras do falecido Papa João Paulo II, que afirmou em 1994 que a Igreja não tinha autoridade para ordenar mulheres. No entanto, ele sugeriu que essa questão deveria ser mais estudada, reconhecendo a necessidade de melhor compreender as implicações práticas dessas distinções.

Quanto ao próximo Sínodo, o papa declarou que tanto a hierarquia quanto o povo de Deus podem fazer com que suas vozes sejam ouvidas e participem do caminho da Igreja. Ele enfatizou que a sinodalidade é uma dimensão essencial da vida da Igreja, mas alertou contra tentativas de impor uma única metodologia sinodal, que poderiam prejudicar o progresso da Igreja.

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