Castro, da 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis, determinou essa penalidade por alegações de coação de empregados para votarem em Jair Bolsonaro na eleição de 2018.
A sentença resulta de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que argumentou que Hang promoveu campanha política dentro das lojas Havan, com participação compulsória dos funcionários. As alegações incluem ameaças de demissões e fechamento de lojas se o candidato do PT, Fernando Haddad, fosse eleito.
Os empregados, segundo a acusação, foram constrangidos a responder enquetes sobre suas preferências políticas nas dependências das lojas. A decisão, proferida em 22 de janeiro, confirmou uma liminar de 2018 e estabeleceu multas de R$ 500 mil para cada loja em funcionamento na época.
Além disso, o juiz ordenou o pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos e indenizações individuais de R$ 1 mil para cada funcionário vinculado à Havan em outubro de 2018, totalizando os R$ 85 milhões.
O magistrado alegou que Hang teria reeditado o antigo “voto de cabresto”, onde uma pessoa influente impõe suas escolhas políticas aos demais. O empresário, por sua vez, classificou a condenação como “descabida e ideológica”, prometendo recorrer da decisão.