Desde agosto não há vagas para acolhimento de crianças e adolescentes. Vereadores e conselheiros cobram ação da Prefeitura
Por Bruno Marques
Com a ausência do presidente da Câmara, Toloi (União), a primeira sessão de 2024 foi presidida pelo vice-presidente, Thiago Samasso (PSD). Gabriel Bueno também faltou.
Os vereadores abriram o ano legislativo com mais de 700 proposituras, entre projetos de lei, projetos de decreto legislativo, moções, requerimentos e indicações, foram protocoladas durante o período de recesso parlamentar. Por isso, a sessão teve quase 3h30 de duração.
Em razão do ponto facultativo do Carnaval, a próxima sessão da Câmara será realizada no dia 20.
Um dos principais itens aprovados na pauta foi a moção assinada por todos os vereadores solicitando à Secretaria de Assistência Social providências para atender a um pedido feito pelo Conselho Tutelar com relação à quantidade de vagas disponíveis para acolhimento de crianças e adolescentes que são afastados da família por decisão judicial. De acordo com os conselheiros, desde agosto do ano passado, a cidade não conta com vagas disponíveis.
O serviço de acolhimento é feito hoje pela Casa da Criança e do Adolescente, que possui 20 vagas, todas preenchidas. A moção foi aprovada por unanimidade e encaminhada ao Poder Executivo.
JTV-Camara. Divulgação
Asfalto para o São Bento e caos no Alpinas
Simone Bellini (Republicanos) fez prestação de contas de suas emendas impositivas e comemorou o anúncio de R$ 3.500.500 milhões, de repasses da deputada Adriana Ventura para pavimentação do São Bento do Recreio.
Fabio Damasceno (Republicanos) lamentou a situação do bairro Alpinas: “Não é possível que vai terminar a gestão e não vai ter asfalto lá, após tantos anos, tantos prefeitos e vai continuar sem solução”. Ele também pediu aumento no efetivo da Farmácia de Alto Custo.
Conti e a voçoroca
Henrique Conti (PTB) falou sobre uma voçoroca (erosão) que tem prejudicado área verde entre as ruas Cintra e Vinhais no Parque Portugal: “É um saco que está entupindo a passagem. Trata-se de uma manutenção simples”, afirmou.
Alexandre Japa (PRTB) disse que poderia falar de problemas da cidade, mas pediu para que o tema aborto nunca seja debatido. Veiga (União) pediu urgência para a abertura de vagas de acolhimento de crianças e adolescentes a pedido do Conselho Tutelar.
Cobrança ao presidente do DAEV por aumento na água
Mayr (Pode) se indignou com o aumento nas contas de água: “Mais do que dobrou. Peço que o presidente do DAEV (Walter Gasi) venha esclarecer o que está acontecendo porque a população tem o direito de saber”.
Franklin (PL) endossou a questão enfatizando que o aumento nas tarifas é algo que deve ser enfrentado: “Não dá pra ser varrido pra debaixo do tapete”.
Morosidade nas placas e pavilhão para os artesãos
Tunico (União) disse que o Parque Portugal não tem uma rua em condições de tráfego. Ele também cobrou a colocação de dezenas de placas de denominação. Algumas, segundo ele, aguardam há mais de sete anos. “Há uma morosidade muito grande”, disse injuriado.
O mesmo tema foi abordado por Edinho Garcia (PTB): “É um descaso com homenageados e as famílias”. Ele também disse que os artesãos da Festa do Figo estão sendo discriminados e indicou a construção de um pavilhão para os mesmos no Parque Municipal.
Rodoviária, perda de verbas e Carnaval
André Amaral (PSD) falou sobre sua moção pedindo a abertura da rodoviária e a utilização de cartão eletrônico com temporizador. César Rocha (União) anunciou os carnavais em clubes, praça e no CLT.
Marcelo Yoshida (PT) disse que a Prefeitura perdeu R$ 2 milhões de investimentos do Governo Federal, além de verba para viabilizar escolas em período integral na cidade. Ele também cobrou melhorias na espera de 3 meses para atendimento de saúde mental.
“Projeto de habitação popular vai sair sim”
Alécio Cau (PDT) mais uma vez pediu ações sobre fiação solta em postes, citando matéria do JTV. Ele também se indignou com comentários sobre o Minha Casa Minha Vida: “É preciso parar com esse pensamento de que se é família de baixa renda tem que morar longe do Centro. É muito fácil pra quem já tem a vida ganha, mora em condomínios e bairros tradicionais, ser contra habitações de interesse social. Então não adianta ficar torcendo contra porque esse projeto vai sai sim”.