Discussões e divergências se evidenciaram na noite de terça em reflexo das eleições municipais
Por Bruno Marques
Reflexo das eleições de outubro, a última sessão da Câmara, realizada na noite de terça-feira (19), teve alguns embates entre vereadores, o primeiro deles aconteceu logo no início do pequeno expediente.
Fábio Damasceno (Republicanos) afirmou estar preocupado com a atual empresa de coleta de lixo. Segundo o vereador, a mesma foi contratada com dispensa de licitação e estaria com problemas no pagamento de funcionários, cumprimento de benefícios e materiais básicos de trabalho. “Que o Executivo resolva o quanto esse problema, pois dinheiro não falta”, finalizou.
Logo em seguida, Toloi afirmou que a afirmação não era verdadeira. “Está tudo em dia. Não há atraso”, disse o presidente da Câmara.
40 cargos
André Amaral (PSD) se mostrou indignado que, “às vésperas das eleições a prefeita decide contratar 40 cargos de confiança – 29 deles sem necessidade de curso superior. Para qual finalidade?”.
Edinho Garcia (PTB) apontou para o vereador que o antecedeu e disse: “O senhor ajudou a prefeita a se eleger, compunha sua base de governo. Não cospe no prato que comeu”. Por sua vez, André concluiu: “Saí da base do governo nos primeiros indícios de superfaturamento”.
Inibição a professores
Outra polêmica da sessão partiu de Gabriel Bueno (MDB) que apresentou moção pedindo à prefeita Lucimara Godoy (PSD) que fiscalize escolas para inibir o que chamou de “imposição de ideologia partidária”.
“É imprescindível que as autoridades municipais atuem firmemente para garantir que as escolas estejam em conformidade com os princípios da neutralidade política, assegurando um ambiente educacional saudável e democrático para todos os alunos”, afirmou.
Discordaram os vereadores e professores Marcelo Yoshida (PT) e Alécio Cau (PDT). Segundo o primeiro, trata-se de mais um assédio aos professores. “Já há medidas e órgãos que fiscalizam o que é ensinado nas aulas. O professor não pode fazer o que quer. Já temos que fazer relatórios regularmente sobre o conteúdo. Essa moção não acrescenta em nada”.
Alécio afirmou que a moção compromete princípio fundamental de ensino e que já existem legislações para os fins requeridos. “O que precisa são melhores salários e condições de trabalho. Valinhos – numa das regiões mais privilegiadas do país – é um dos municípios que pior paga o professor municipal”.
A moção foi aprovada com um voto contrário dos vereadores Marcelo Yoshida (PT), Alécio Cau (PDT) e César Rocha (União).
Lotação na UPA e fiação nas ruas
Alexandre Japa (PRTB) criticou a superlotação na UPA e afirmou que já pediu providências de melhorias no atendimento à população e também nas condições de trabalho de servidores da saúde.
Alécio Cau (PDT) solicitou calçada na Rua das Azaleias, próximo à escola, pediu adequações na rodoviária para permitir acessibilidade às pessoas com deficiência auditiva, e voltou a requerer providências nas fiações deixadas por empresas de telefonia.
Emenda, lixo e ETEC
Tunico (União) comemorou envio de emenda parlamentar de R$ 300 mil para vestiário no Jardim Paraíso. Henrique Conti (PTB) denunciou lixo na mata na Rua dos Bolivianos e manteve alertas sobre a dengue.
Marcelo Yoshida (PT) falou sobre pedido à Valiprev, de aposentadoria especial para servidores com deficiência, voltou a solicitar prédio próprio para a ETEC. “Itatiba já tem, por que Valinhos ainda não?”, questionou. O vereador também afirmou que não adianta realizar concurso público para a Educação se não melhorar os salários que, segundo ele, estão defasados e gerando perda de profissionais.