No Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, conversamos com a Dra. Sylka Rodovalho, endocrinologista e presidente da regional de São Paulo da Sociedade Brasileira de Diabetes, membro da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) e preceptora dos residentes na PUC-Campinas, que traz orientações sobre o diabetes, doença que afeta milhões de brasileiros e pode ser silenciosa por anos.
Segundo a doutora, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças, adolescentes e jovens adultos, representando cerca de 1% dos casos. Já o tipo 2, prevalente em adultos, responde por 90% dos diagnósticos e está fortemente associado a fatores como obesidade, hipertensão arterial, colesterol elevado e sedentarismo.
Os principais fatores de risco para desenvolver diabetes tipo 2 incluem obesidade, sedentarismo, pressão alta, histórico familiar e diabetes gestacional anterior.
Ainda segundo a especialista, por ser uma doença assintomática por muitos anos, os sintomas do diabetes geralmente aparecem após cerca de cinco anos da instalação da condição. Quando descompensado, o diabetes pode causar perda de peso, sede, fome excessiva e alterações visuais. O diagnóstico é feito por meio de exames de glicemia, hemoglobina glicada e teste de tolerância à glicose. Níveis de glicemia superiores a 200 mg/dL indicam risco elevado.
Um bom controle glicêmico ajuda a evitar complicações graves, como insuficiência cardíaca, problemas renais e perda da visão. Para isso, a especialista recomenda manter o peso controlado, ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente, como caminhadas.
Dra. Sylka aconselha que todos busquem informações de qualidade sobre a doença e que incentivem hábitos saudáveis. “Familiares de diabéticos também estão sob risco, especialmente se houver ganho de peso. Recomenda-se que, a partir dos 35 anos, essas pessoas iniciem o rastreamento para diabetes”, orienta.