O emaranhado da fiação e a falta de conexão

No dia 23 de junho um vídeo publicado nas redes sociais anunciou o início da retirada de fios soltos em postes. A operação contou com imagens do prefeito vestido de eletricista subindo em escada para retirar partes da fiação em questão.

A iniciativa do Executivo atende a inúmeras solicitações feitas há anos não só na Câmara, através de proposituras de vereadores, mas também de munícipes e principalmente comerciantes de variados bairros. Finalmente atendida, a demanda foi imediatamente elogiada na Casa de Leis na última sessão do semestre.

Ocorre que, no emaranhado de fiação, não só de fios, mas também função, entre a ação da Prefeitura, os postes da CPFL e operadoras, a retirada de fios acabou retirando também a internet de alguns estabelecimentos localizados próximos ao Paço Municipal, entre eles, o Jornal Terceira Visão.

A situação demorou a ser retomada e, poucos dias depois de normalizada, a extensão da retirada de fios pela região central afetou ainda mais comerciantes.

Há falta de conexão de comunicação, humana, de internet, mas, antes de tudo, neural, e, se a coisa continuar assim, vai virar caso de justiça.

Neste momento, a conexão acabou de ser restaurada. Entre os comerciantes afetados, um deles vê o seu negócio ser prejudicado injusta e irremediavelmente tamanho o prejuízo que afetou o seu atendimento.

E enquanto a conexão não volta, a ocasião serve para refletir até que ponto o poder público ainda tem vigência em meios cada vez mais privativos? Ou, a grosso modo, “quem é o pai da criança?”. A Prefeitura? A CPFL? A Vivo? Os prejuízos são fatos. Mas quem irá se responsabilizar?

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