Acusado teria usado coquetel de sedativos e ateado fogo em residências das vítimas; outras 96 mortes estão sob investigação


Começou nesta segunda-feira (14), na Alemanha, o julgamento de um médico de 40 anos acusado de assassinar ao menos 15 pacientes com injeções letais enquanto atuava em cuidados paliativos na cidade de Berlim. Identificado como Johannes M., ele é suspeito de administrar um coquetel de sedativos e relaxantes musculares que levavam à morte por paralisia respiratória. Em cinco dos casos, o profissional ainda teria ateado fogo nas residências das vítimas para tentar ocultar os crimes.
As mortes ocorreram entre setembro de 2021 e julho de 2024, atingindo pacientes entre 25 e 94 anos. Em julho do ano passado, a sequência de incêndios chamou a atenção de um colega, que alertou as autoridades. Desde então, além das 15 mortes formalmente atribuídas a Johannes, outras 96 estão sendo investigadas — incluindo a da própria sogra do acusado.
Durante o julgamento, Johannes apenas confirmou dados pessoais. A Promotoria pede prisão perpétua e afirma que o acusado agiu sem motivação clara, abusando da confiança que recebia como médico. A história lembra o caso do enfermeiro Niels Hoegel, condenado em 2019 pelo assassinato de 85 pacientes.