Medidas cautelares atingem o ex-presidente e incluem toque de recolher, proibição de uso de redes sociais e comunicação com diplomatas


A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (18), mandados judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As ações fazem parte de uma nova investigação instaurada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana anterior, que apura possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.
A operação incluiu buscas na residência de Bolsonaro, localizada em Brasília, além de endereços ligados ao Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente. Entre as medidas determinadas pelo STF, Bolsonaro está obrigado a usar tornozeleira eletrônica, não pode acessar redes sociais e terá de cumprir recolhimento domiciliar noturno, no período entre 19h e 7h.
Além disso, o ex-presidente foi proibido de manter contato com embaixadores, diplomatas e demais investigados ou réus relacionados à mesma investigação. A medida atinge, inclusive, seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A investigação foi aberta pelo STF no dia 11 de julho, dois dias após o anúncio do tarifaço aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Segundo informações de bastidores, o inquérito busca esclarecer supostas articulações contra o Estado Democrático de Direito.
A defesa de Bolsonaro considera as medidas severas, mas ainda não apresentou manifestação formal, aguardando acesso integral à decisão judicial.