O regime do ditador Nicolás Maduro voltou a decretar a antecipação das festas natalinas na Venezuela, anunciando que o Natal terá início já em 1º de outubro de 2025. A decisão foi comunicada na noite desta segunda-feira (8), em pronunciamento transmitido pela emissora estatal VTV.
Maduro afirmou que a medida é uma forma de “defender o direito à felicidade, à alegria” da população, apesar das dificuldades econômicas e do isolamento político enfrentados pelo país. “Das dificuldades surgiu o melhor de nós, a capacidade de nos refazer e de nos reconstruir e de nos fazer de novo”, declarou em seu programa semanal de televisão.
O líder chavista também avaliou que 2025 teria sido “um ano bom e bonito”, exaltando supostos avanços internos. No entanto, indicadores internacionais apontam o contrário: crise humanitária, êxodo migratório em massa, recessão econômica e denúncias crescentes de perseguição e tortura contra opositores políticos.
A decisão ocorre em meio à crescente tensão com os Estados Unidos, após a mobilização de navios militares americanos no Caribe. Para críticos, o anúncio busca criar uma distração interna e manter uma narrativa de otimismo em meio à instabilidade.
Esta não é a primeira vez que Maduro antecipa o Natal. Em setembro de 2024, após as eleições presidenciais marcadas por acusações de fraude, o regime também decretou a comemoração antecipada como uma suposta “homenagem” e “agradecimento” ao povo venezuelano. Relatórios de democracias ocidentais apontaram que a oposição teria sido a verdadeira vencedora do pleito.