No dia 19 de novembro é comemorado o Dia da Bandeira em homenagem à bandeira brasileira. Este dia foi escolhido pelo fato de que, após a independência do país, houve a proclamação da República, que derrubou a monarquia portuguesa no Brasil, dando início ao regime presidencialista. Foi necessária a implementação e criação de uma bandeira que representasse o novo governo brasileiro. A celebração ao dia da bandeira foi instituída pelo Decreto número 4, no dia 19 de novembro de 1889, pelo Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, o então chefe do governo provisório da recém-criada República Federativa do Brasil.
O atual desenho da bandeira do Brasil foi inspirado na bandeira do Brasil Imperial, especificamente no retângulo verde e o losango amarelo. O centro da bandeira foi totalmente modificado, retirando todas as menções de símbolos do império português. As cores da bandeira brasileira são: o amarelo-ouro, o verde, o azul e o branco. Porém, não há como ter certeza sobre seus significados, já que o decreto da bandeira faz alusão apenas aos nomes das cores. Porém, numa forma de identificar e representar o país, os próprios brasileiros e até mesmo no Hino à Bandeira, fazem menções sobre os significados das cores relacionando-os com as características do país: amarelo, representando oouro e as riquezas minerais; azul, representando o céu e os rios brasileiros; verde, as matas brasileiras; branco, o desejo pela paz. As estrelas representam os estados brasileiros e o Distrito Federal. A posição de cada estrela da bandeira também foi definida por lei e corresponde ao céu do Rio de Janeiro, observado no dia 15 de novembro de 1889, às 08:30 da manhã. A faixa branca também não é aleatória, é uma linha astronômica chamada Eclíptica. A frase “Ordem e Progresso” é baseada numa corrente de pensamento chamado Positivismo, que era comum entre os membros que derrubaram o governo imperial. O Positivismo colocava o amor como princípio, ordem como base e progresso como objetivo. A forma como as estrelas estão dispostas na bandeira, reflete a realidade das constelações. O Cruzeiro do Sul, por exemplo, está presente na bandeira brasileira.
A última modificação feita na bandeira brasileira aconteceu no dia 11 de maio de 1992, quando foram adicionadas novas estrelas que correspondem aos estados do Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins.
E para saudar a bandeira foi composto um hino a ela dedicado: o Hino à Bandeira do Brasil, com letra de Olavo Bilac e melodia de Francisco Braga.
Bandeira que, hasteada, ao tremular, nos enche o peito de orgulho e de amor filial a esta terra que é o nosso lar, a nossa casa! Quem não se sentiu emocionado, arrepiado mesmo, ao assistir o hasteamento do pavilhão brasileiro ao som do hino nacional, principalmente se estivermos em outro país? Na verdade, independentemente do lugar que estivermos, a bandeira continuará sendo referência da nossa Pátria, do nosso lugar!
Infelizmente muitas das nossas escolas já não cultuam essa tradição que para os da nossa geração era sagrada: toda sexta-feira entoávamos o hino nacional enquanto assistíamos o hasteamento da bandeira do Brasil. Enchíamos o peito e tentávamos entoar o comprido, mas maravilhoso e empolgante hino: “Ó Pátria amada, Idolatrada, Salve! Salve! Brasil, de amor eterno seja símbolo o lábaro que ostentas estrelado, e diga o verde-louro desta flâmula paz no futuro e glória no passado. Mas, se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adora, a própria morte!”.
Auriverde pendão da minha amada terra, salve! Salve, lindo pendão da esperança! Salve, símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança a grandeza da Pátria nos traz. Contemplando o teu vulto sagrado, compreendemos o nosso dever e o Brasil por seus filhos amado poderoso e feliz há de ser! Sobre a imensa Nação Brasileira nos momentos de festa ou de dor paira sempre sagrada bandeira, pavilhão da justiça e do amor! Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil!