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A depressão é erroneamente apontada como doença de adulto

A depressão pode se manifestar na infância, até mesmo em crianças pré-escolares, com menos de seis anos de idade

É preciso enfrentar o preconceito e oferecer tratamento adequado aos pequenos que sofrem com esse mal da vida moderna

A depressão, um transtorno que muita gente acha que só atinge jovens e adultos, pode acarretar diversos problemas no aprendizado da criança e influenciar no seu desenvolvimento e comportamento durante a adolescência e a fase adulta. Além disso, muitas vezes está associada ao TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) presente em cerca de 5% a 13% da população infantil.

Estudos mostram que cerca de 14% das crianças com TDAH apresentam depressão. Especialistas em Neurologia explicam que inúmeros fatores atuam no desencadeamento da depressão, tais como genéticos, químicos cerebrais e ambientais.

A depressão pode se manifestar na infância, até mesmo em crianças pré-escolares, com menos de seis anos de idade. Nessa idade, ela ocorre em uma de cada 100 crianças da população geral. Na fase escolar, entre duas e quatro de 100 e em adolescentes, em torno de cinco a oito. Os pais devem ficar atentos, a depressão na infância ocorre na mesma frequência em ambos os sexos, mas a partir da adolescência até a vida adulta ela é mais comum no sexo feminino.

O diagnóstico da depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com birra ou falta de educação, mau humor e agressividade. Mesmo assim, alguns comportamentos ajudam a indicar que uma criança possa estar deprimida.

Os principais sintomas são: tristeza, negativismo, irritabilidade, falta de iniciativa e perda do interesse por coisas que anteriormente essa criança ou adolescente gostava. Muitas vezes se associam a sintomas físicos como cansaço, fadiga, dor de cabeça e alterações do sono e do apetite.

As repercussões na escola são prontamente observadas na depressão infantil, a criança fica mais lenta e desatenta, cai o desempenho e surgem conflitos em decorrência de mudanças bruscas do humor, como explosões de raiva ou tendência ao isolamento social. Outra manifestação é o sentimento de menos valia, de baixa autoestima, seja em relação aos cuidados pessoais ou a confiança em si próprio. Nos casos graves pode chegar a provocar comportamentos de risco, tais como sexo, drogas e direção perigosa de automóveis e até atos suicidas.

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