Acordo Mercosul–União Europeia pode avançar após 26 anos de negociações

Após 26 anos de negociações, o acordo de livre comércio entre o Mercosul — formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — e a União Europeia pode avançar nos próximos dias. O governo brasileiro trabalha com a expectativa de assinatura durante a Cúpula do Mercosul, marcada para sábado (20), em Foz do Iguaçu, mas o desfecho ainda depende da aprovação interna dos países europeus.

Segundo uma autoridade da presidência do Conselho da União Europeia, a votação do acordo deve ocorrer na próxima semana, permitindo que a presidente da Comissão Europeia assine o tratado no Brasil. O Conselho se reúne nos dias 18 e 19, enquanto o Parlamento Europeu deve votar antes as salvaguardas para proteção do agronegócio local, um dos pontos mais sensíveis do acordo.

Essas medidas preveem a possibilidade de suspensão temporária de benefícios tarifários ao Mercosul caso a UE avalie prejuízos a setores agrícolas europeus. Embora sejam vistas como um gesto para países críticos ao tratado, como a França, as salvaguardas geram preocupação no agronegócio brasileiro.

Para a diretora de relações internacionais da CNA, Sueme Mori, o mecanismo pode limitar exportações e contraria o princípio do livre comércio previsto no acordo. Ela ressalta que o texto a ser assinado, se confirmado, será o mesmo negociado entre os dois blocos.

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