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Adeus agradecido a um querido leitor

Antônio Carlos Postal partiu sem nos dar qualquer satisfação. O que não era do seu feitio, pois pessoa educada e de uma geração onde a gentileza no trato com os familiares e amigos sempre prevalece. Se dele dependesse, por certo, nos avisaria. Mas como não somos senhores do nosso destino, o mesmo Criador que permitiu sua vivência, o chamou para tê-lo mais próximo.

Deixou-nos no dia 30 de setembro, aos 69 anos, ocasionando uma grande perda à sua família e aos seus amigos e, inclusive à coletividade valinhense, que, por isso, também perde um pouco da sua história.

De família tradicional da comunidade pé de figo, o saudoso Antônio Carlos era muito conhecido por seu envolvimento com esportes, tendo jogado em diversos times e equipes de futebol local, além de ter trabalhado na antiga Gessy Lever e na Rigesa, dedicando a esta última empresa mais de quarenta anos da sua vida.

 Casado com Maria Luiza Jorge Postal era pai do Rafael, do Rodolfo e do meu amigo Rodrigo, este último sócio do Escritório Veiga & Postal.

E era também um leitor assíduo da minha coluna, sempre elogiando os meus escritos, as minhas crônicas. Recentemente, por intermédio de minha filha Flávia Beatriz, mandou-me um abraço, solicitando a ela me transmitisse gentis comentários a esse respeito. Fiquei de retribuir esses encômios. Não deu tempo, pois como disse, Antônio Carlos partiu de repente.

Contudo, isso não me impede de agradecê-lo, o que faço agora, por intermédio desta coluna. E quanto a abraçá-lo quem sabe num próximo encontro onde partilharemos ideias, tomando um saboroso café, muito embora não saiba da existência de cafeteria no plano astral.

Com a sua prematura partida, este ser iluminado deixou-nos com um sentimento de vazio, mas com a certeza de que cumpriu sua missão terrena, com honra, honestidade, dignidade e amor, aqui lutando sempre o bom combate, retornando agora, com seu sorriso fácil e simpatia que dele emanava naturalmente, à morada do Pai Celestial, onde não há pranto e nem dor. Homem de princípios e valores cristãos e familiares, Antônio Carlos partiu na paz do Cristo, como ensina a sagrada escritura: “deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo (João, 14:27).

                E embora ninguém possa apagar a chama da saudade, temos que ter consciência de que a morte para a vida é apenas mudança; quem morre perde o corpo, nunca perde a luz da vida. A semente no solo mostra a ressurreição, pois todos estamos vivos na presença de Deus.

“No início eu queria um instante. A flor. Depois, nem a eternidade me bastava. E desejava a vertigem do incêndio partilhado. O fruto. Agora, quero apenas o que havia antes de haver vida. A semente.” (Mia Couto).

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