“Empresa tem buscado alternativas para garantir sua continuidade, incluindo a venda para outras redes supermercadistas”, afirma Dr. Ricardo Russo
O Jornal Terceira Visão acompanhou de perto os desafios enfrentados pela Rede de Supermercados Caetano, que nesta semana anunciou a suspensão temporária das operações em algumas unidades. A decisão gerou apreensão entre lojistas, funcionários e a população de Valinhos, que tem no Caetano uma referência como “o supermercado da família valinhense”.
Enfrentando ações judiciais e dificuldades internas, a rede busca soluções para sua continuidade.
Para esclarecer a situação, a reportagem entrevistou o advogado da empresa, Dr. Ricardo Russo, que detalhou as negociações em andamento, a ação de despejo, questões trabalhistas e o funcionamento das lojas na galeria da Vila Santana.
Fechamento temporário e cuidados com os funcionários
De acordo com Dr. Ricardo Russo, o encerramento temporário das operações em Campinas, Vinhedo, Vila Santana (Valinhos) e Itu ocorreu para garantir a segurança dos funcionários, já que houve atraso no pagamento dos salários de fevereiro. “Foi uma medida pensada nos trabalhadores, para não os expor a mais riscos financeiros”, afirmou o advogado.
Funcionamento da galeria da loja Vila Santana
Os lojistas da galeria do Supermercado Caetano na Vila Santana, em Valinhos, chegaram a um acordo para manter seus estabelecimentos abertos. A rede comprometeu-se a divulgar amplamente essa informação. “Os portões da unidade permanecerão abertos, e já fizemos comunicados nas redes sociais e colocamos uma faixa no local”, destacou Russo. Lojas como café, esmalteria, lotérica, O Boticário, McDonald’s, loja de roupas, farmácia e loja de celular continuam em funcionamento normal.
Ação de despejo e negociações
Sobre a ação de despejo da loja da Vila Santana, Dr. Russo confirmou sua existência, mas ressaltou que a rede ainda não foi formalmente citada. “A diretoria já está em tratativas com o proprietário do imóvel para buscar um acordo. Temos quase 100% de certeza de que o despejo não será necessário, pois as partes estão negociando critérios para solucionar a questão”, explicou.
O advogado também detalhou o processo legal de contagem de prazo para defesa na ação de despejo. O período de 15 dias úteis começa a valer a partir da citação oficial do Caetano no processo, o que depende da juntada do Aviso de Recebimento (AR) nos autos.
Negociações de venda e futuro da rede
A empresa tem buscado alternativas para garantir sua continuidade, incluindo a venda para outras redes supermercadistas.
Dr. Russo revelou que, apesar de duas negociações avançadas terem fracassado na última etapa, há uma terceira proposta em estágio avançado. “Infelizmente, algumas redes desistem no momento da assinatura, o que nos parece desleal, mas faz parte do jogo comercial. No entanto, há uma negociação promissora com uma empresa que mantém um olhar humanizado para a situação”, explicou.
Fechamento temporário
O fechamento temporário das lojas foi necessário para preservar os ativos e evitar um colapso financeiro ainda maior. A expectativa é que, com a assinatura do contrato, recursos sejam injetados na empresa para regularizar pendências trabalhistas e garantir a continuidade da operação.
Loja em funcionamento
Enquanto algumas unidades estão fechadas temporariamente, a loja da Avenida 11 de Agosto, em Valinhos, segue operando normalmente. Segundo Dr. Russo, essa unidade não faz parte das negociações em andamento e permanece aberta para garantir o fluxo financeiro da empresa.