Notícias Gerais

Aumento de crianças estupradas em Valinhos e a inércia das instituições

O que faz agentes públicos, políticos e afins, colocarem benefícios a animais, discussões sobre religiões e outros assuntos de “(super)estimada importância” à frente do fato de crianças e adolescentes cada vez mais estupradas em Valinhos? O que tem na cabeça pessoas que se preocupam mais com pormenores do que a violência sexual a menores?


Nesta semana, o Jornal Terceira Visão preparou matérias sobre o balanço da segurança de Valinhos. Baseada nos números demonstrados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a reportagem apurou os principais atenuantes dos índices criminais.


O comparativo analisa os números de 2023 com os do ano passado. Neles, constata-se melhoras em quesitos como redução no registro de assaltos em 15%, roubos de veículos em 26% e furtos em 13%.


Porém, outro crime continua crescendo e nada é feito. É o de estupros. Apesar de ser considerado hediondo pela Justiça, de olhos vendados a prática tem aumentado em Valinhos desde a pandemia. Em 2022 foram registrados 30 casos, em 2023, 29, e no ano passado foram 39. Mas a coisa fica ainda pior.


É crescente também o atenuante dos estupros serem praticados contra vulneráveis – menores de 14 anos ou deficientes. Aqui é importante lembrar que, ainda que porventura a prática seja consensual, continua sendo crime. E hediondo.


Em 2022, foram registrados 21 estupros a crianças ou adolescentes na delegacia de Valinhos. Em 2023 o número chegou a 23 e, agora, a 31. Um aumento de 25%. Em um ano! Questionado, o Conselho Tutelar de Valinhos não soube responder até o momento desta publicação.


E você, leitor, leitora, se incomoda com a situação? Ou vamos esperar mais um recorde negativo deste neste ano e continuar não fazendo nada efetivo?

Leia anterior

Polícia encontra armas e 1,6 mil munições na casa de piloto em Campinas

Leia a seguir

Franklin assume liderança estratégica em desenvolvimento metropolitano e recursos hídricos