Há exatos 40 anos, em 21 de abril de 1985, os brasileiros levaram um “banho de água fria”, após o otimismo com a redemocratização, superando os 21 anos de ditadura militar. Eleito, Tancredo Neves morreu antes de ser empossado.
Neste início de 2025, o Brasil completa quatro décadas ininterruptas de democracia institucional, porém, com vários solavancos e atentados.


Quatro anos depois, em 1989, durante a primeira eleição direta em quase 30 anos, Leonel Brizola gritou “filhotes da ditadura” a malufistas durante debate.
Em 1992, o país que elegeu Fernando Collor como seu primeiro presidente por voto popular desde a década de 60, viu o mesmo – que se autobajulava de ter “aquilo roxo” -, cair por impeachement.
No mesmo ano, Ulysses Guimarães – que dá nome ao plenário da Câmara de Valinhos -, e opositor à ditadura militar, morreu em um acidente de helicóptero. Ele foi um dos principais articuladores das Diretas Já e da promulgação da Constituição de 1988. Seu corpo foi o único do acidente a não ser encontrado.
No mandato de Fernando Henrique Cardoso, já no fim dos anos 90, foi instituída, durante a gestão, a possibilidade de reeleição.
Após três derrotas eleitorais, Lula finalmente venceu em 2002. O PT se manteve na presidência com sua reeleição e também com a sucessão de Dilma Rousseff. Esta, sofreu impeachment em 2016, e viu seu vice, Michel Temer assumir.
Dois anos depois, Jair Bolsonaro foi eleito, porém perdeu para Lula, em 2022, que emplacou seu terceiro e atual mandato.
Assim, numa linha tênue, a democracia ainda resiste. Segundo Winston Churchill, ela é a pior forma de governo, à exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas ao longo da história.