Desde a última quinta-feira (10), o Brasil retomou a exigência de visto de entrada para turistas provenientes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. A medida, que segue o princípio da reciprocidade diplomática, foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores e afeta turistas que entram no país por via aérea, terrestre ou marítima.
Os viajantes desses países deverão solicitar o visto eletrônico (eVisa), que pode ser emitido online mediante o pagamento de uma taxa de US$ 80,90 (aproximadamente R$ 479). A autorização permite uma estadia máxima de 90 dias em território brasileiro.
De acordo com o Itamaraty, o Brasil segue em negociação com os países afetados, com o objetivo de firmar acordos de isenção mútua de vistos. O ministro do Turismo reforçou, em suas redes sociais, que o governo trabalha para que os Estados Unidos passem a isentar brasileiros da exigência, o que abriria espaço para a reciprocidade.
Segundo a Embratur, entre janeiro e dezembro de 2024, o Brasil recebeu 728.537 turistas dos EUA, 96.540 do Canadá e 52.888 da Austrália. A orientação oficial é que os pedidos de visto eletrônico sejam feitos com antecedência, evitando transtornos como atrasos em conexões ou problemas no embarque. O processo exige o preenchimento de um formulário e o envio de documentos como passaporte válido.
Apesar da nova exigência, o Senado Federal aprovou em março um projeto de lei que propõe a suspensão da obrigatoriedade de visto para cidadãos da Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão. O texto, de autoria do senador Carlos Portinho, ainda aguarda análise na Câmara dos Deputados.
O Japão, que fazia parte do projeto, deixou de exigir visto de brasileiros em setembro de 2023, após um acordo bilateral com o Brasil. A isenção vale para estadias de até 90 dias e será válida por três anos.