A estudante brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, foi confirmada como vítima dos ataques do grupo Hamas que atingiram o território palestino no último sábado (7), de acordo com uma publicação feita por sua irmã Florica Valeanu nas redes sociais nesta manhã de terça-feira (10). “Minha neném virou uma estrelinha no universo”, escreveu Florica Valeanu em seu perfil no Facebook.
Desde o sábado, Bruna estava desaparecida, e as autoridades israelenses a identificaram entre as vítimas do ataque do Hamas a um festival de música eletrônica que ocorria no sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza. Até o momento, 260 mortos foram localizados no local, de acordo com a imprensa israelense.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota na tarde de hoje lamentando a morte de Bruna, que se tornou a segunda vítima brasileira do conflito. A íntegra do comunicado é a seguinte: “O governo brasileiro lamenta e manifesta seu profundo pesar com a morte da cidadã brasileira Bruna Valeanu, de 24 anos, natural do Rio de Janeiro, segunda vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro em Israel. Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Bruna, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil.”
Anteriormente, o Itamaraty já havia confirmado a morte de outro brasileiro, Ranani Nidejelski Glazer, também presente no festival onde Bruna foi morta. Glazer, gaúcho de 24 anos, foi mencionado em uma nota do Itamaraty que prestou condolências à família e amigos, condenando o ataque do Hamas a Israel e repudiando “a todos os atos de violência, sobretudo contra civis.”
A carioca Karla Stelzer, de 41 anos, é uma terceira brasileira que continua desaparecida após o ataque. Ela vive em Israel há mais de uma década e estava participando do mesmo festival, chamado Universo Paralello, criado no Brasil no final da década de 1990 por Ekanta Jake e Juarez Petrillo, também conhecido como DJ Swarup, pais do famoso DJ brasileiro Alok. O DJ Swarup tinha uma apresentação agendada no evento no sábado, mas conseguiu escapar em um veículo após os primeiros disparos, compreendendo que se tratava de um atentado terrorista.
Outro jovem brasileiro, Rafael Zimerman, estava no festival com Glazer e a namorada de Glazer, Rafaela Treistman. Em entrevista à CNN Brasil, Zimerman relatou que muitos participantes do evento procuraram abrigo em um bunker antiaéreo quando perceberam os mísseis atingindo o território israelense. Cerca de 40 a 50 pessoas, incluindo Glazer, estavam abrigadas no bunker quando os militantes do Hamas chegaram, disparando tiros e lançando granadas e bombas de gás. No meio da confusão, os amigos se separaram. Zimerman, ferido, foi encontrado horas depois, desacordado. Somente no hospital ele soube que Glazer estava desaparecido. O texto foi ampliado às 15h38 para inclusão da nota do governo brasileiro.