Projeção da receita primária é de R$ 8,6 bilhões para o próximo ano, com déficit estimado de R$ 91,1 milhões; projeto da saúde cria 308 novos cargos por concurso


A Câmara Municipal de Campinas realiza nesta segunda-feira (23), em primeira votação, a análise do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026. A proposta define as metas e prioridades do governo municipal e serve como base para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), que será apresentada no segundo semestre.
Segundo documento complementar enviado pela Prefeitura junto ao projeto, a previsão de receita primária para o próximo ano é de R$ 8,6 bilhões, enquanto as despesas primárias devem alcançar R$ 8,7 bilhões, resultando em um déficit de R$ 91,1 milhões. Em relação ao projeto da LDO de 2025, houve um crescimento de 9,1% na receita (antes R$ 7,9 bilhões) e de 5,4% nas despesas (antes R$ 8,3 bilhões).
A LDO é uma etapa crucial na definição do orçamento do município. Em 2024, a Câmara aprovou um orçamento de R$ 10,8 bilhões para o exercício de 2025. A LOA 2026 deverá ser enviada pelo Executivo nos próximos meses para votação final.
Novo plano de cargos da Rede Mário Gatti
Ainda nesta segunda, os vereadores analisam, também em primeira votação, o projeto de lei que institui o novo plano de cargos, carreira e vencimentos da Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar.
O objetivo da medida, segundo justificativa da proposta, é dar maior autonomia administrativa à Rede Mário Gatti, permitindo que a gestão hospitalar tenha mais flexibilidade para contratar profissionais conforme as demandas específicas da rede.
O texto prevê a criação de 308 novos cargos estatutários, que deverão ser preenchidos por meio de concurso público com edital ainda a ser publicado. A proposta busca, ao longo do tempo, substituir gradualmente os servidores da administração direta ligados à saúde.