Por Vitor Paderes
A paixão de Camille da Rocha Pereira, 12 anos, pelo vôlei nasceu dentro de casa, ou melhor, na garagem. Em plena pandemia de 2020, enquanto o mundo parava, a mãe da jovem improvisava treinos para manter a família ativa. “Eu me divertia muito e acabei pegando gosto pela coisa”, lembra Camille. Foi ali que tudo começou, embora o interesse já existisse desde os 5 anos. Aos 10, decidiu treinar com foco em competir.
A influência materna é assumida com orgulho. “Minha mãe sempre me incentivou em qualquer esporte. Acho que o fato de ela jogar me ajudou muito”, conta. Ela também foi a principal inspiração para que a adolescente seguisse no esporte.
O primeiro campeonato, porém, não foi simples. “Fiquei totalmente nervosa, era algo muito novo para mim”, relembra. Mas a tensão inicial deu lugar ao entusiasmo, principalmente durante as disputas da Taça Regional, momentos que Camille define como os mais importantes da sua trajetória até agora.
Nem tudo é fácil. A jovem admite que o maior desafio é lidar com a sensação de estagnação. “Acho que a impressão de não estar evoluindo é sempre o maior desafio de um atleta”, afirma. Ainda assim, a rotina intensa não a desanima: ela treina de segunda a quinta e garante que consegue conciliar estudos, vida pessoal e esporte sem dificuldades.
Representar Vinhedo e sua equipe é uma alegria à parte. “É muito inspirador fazer parte dessa equipe que me trouxe perto de tantas pessoas que agora são minhas amigas”, diz.
Com maturidade e clareza, Camille já sabe onde quer chegar. “Pretendo evoluir como jogadora e achar um time bom e vantajoso”, projeta. A longo prazo, o sonho ganha ainda mais força: “Desde que comecei a jogar, sonho com a ideia de seguir profissionalmente e até representar o Brasil”.
Com talento, apoio da família e paixão pelo esporte, Camille começa a construir uma trajetória que tem tudo para ultrapassar, e muito, as quadras de Vinhedo.


