A Secretaria de Saúde de Campinas iniciou nesta terça-feira, dia 01, a instalação de 500 armadilhas com larvicida para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue. A cidade recebeu um total de 1,5 mil Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs) do Ministério da Saúde, que serão distribuídas gradativamente. O primeiro local a receber a medida foi o Distrito de Saúde Sudoeste, que concentra bairros com maior número de imóveis considerados pontos estratégicos para proliferação do mosquito.
As armadilhas são compostas por recipientes com água e feltros impregnados com larvicida. Quando a fêmea do Aedes aegypti deposita seus ovos no recipiente, ela se contamina com o produto e o dissemina em outros criadouros dentro de um raio de até 400 metros. O larvicida impede o desenvolvimento das larvas, reduzindo a população de mosquitos adultos.
A escolha do Distrito de Saúde Sudoeste para o início da instalação levou em consideração a grande concentração de locais com possíveis criadouros, como borracharias, ferros-velhos e centros de reciclagem. Esses pontos são monitorados regularmente pelos agentes de controle de endemias. A previsão é de que pelo menos 500 armadilhas sejam colocadas em um prazo de 15 dias. A ampliação da estratégia para outras regiões dependerá da avaliação dos primeiros resultados.
Os agentes responsáveis pela instalação foram capacitados para a execução da medida, e o impacto das armadilhas será avaliado mensalmente ao longo de um semestre. O monitoramento tem como objetivo medir a eficácia da estratégia e, caso necessário, realizar ajustes na distribuição das estações.
A ação ocorre em meio ao aumento de casos de dengue na cidade. Até o dia 21 de março, Campinas registrou 10.395 casos confirmados da doença. A segunda morte do ano por dengue foi confirmada em 25 de março. Paralelamente à instalação das armadilhas, a cidade segue com mutirões de combate ao mosquito, realizando visitas a imóveis para eliminação de focos e limpeza de áreas com descarte irregular de resíduos.