Especialista orienta sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da hipertensão
Neste sábado, 26 é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. A data chama a atenção para uma das doenças crônicas mais comuns e perigosas do mundo: a hipertensão, conhecida como o “assassino silencioso”. De acordo com o Dr. Sérgio L. Polydoro, diretor do Departamento de Cardiologia da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas), o controle da pressão arterial começa muito antes dos primeiros sintomas — e pode ser decisivo para salvar vidas.
A hipertensão, explica o médico, pode surgir precocemente em indivíduos com histórico familiar, obesidade, sedentarismo, alimentação rica em calorias e sódio, além do uso de álcool e cigarro. Esses fatores, segundo ele, são completamente evitáveis com uma rotina mais saudável. “Uma dieta balanceada e a prática regular de atividades físicas são as primeiras linhas de defesa contra a doença”, reforça.
Apesar da gravidade, a hipertensão costuma não apresentar sinais evidentes. “Não há sintomas específicos. A dor de cabeça ou tontura nem sempre indicam hipertensão, podendo ser apenas resultado de estresse ou mal-estar pontual”, esclarece. Por isso, ele recomenda a medição periódica da pressão, mesmo na ausência de queixas, especialmente a partir dos 40 anos.
O diagnóstico precoce pode evitar complicações severas, como infarto e AVC. O cardiologista compara o efeito da pressão alta nos vasos sanguíneos ao envelhecimento causado pelo sol na pele. “A pressão elevada danifica o endotélio, camada interna dos vasos, favorecendo o entupimento que leva ao infarto ou derrame cerebral”, diz.
Quanto ao tratamento, Dr. Sérgio destaca que as medicações convencionais, combinadas com hábitos saudáveis, ainda são muito eficazes. Novas tecnologias e drogas existem, mas são indicadas em casos específicos. “A maior falha no tratamento está no uso incorreto das medicações. Muitos pacientes não seguem corretamente a prescrição médica, o que compromete todo o controle da doença”, alerta.
Para quem já convive com a hipertensão, o médico orienta manter uma alimentação com pouco sal (menos de 5g por dia), praticar exercícios pelo menos 150 minutos por semana e seguir rigorosamente as orientações médicas. “Antes de aumentar a dose de um remédio, é preciso ter certeza de que o paciente está tomando como foi indicado”, completa.
Neste Dia Nacional de Combate à Hipertensão, a mensagem é clara: prevenção, diagnóstico precoce e adesão ao tratamento são os caminhos para evitar complicações graves e ter uma vida mais longa e saudável.
Sobre o especialista
Dr. Sérgio L. Polydoro é diretor do Departamento de Cardiologia da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas). Possui graduação e residência médica em Cardiologia pela UNICAMP. É cardiologista com título reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB), além de ser o Coordenador Geral da Regional Campinas da SOCESP (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).