Cazuza: o poeta Exagerado, há 40 anos

Primeiro sucesso da carreira solo do cantor é praticamente autobiográfico

Por Bruno Marques

E a canção de hoje, nesta coluna musical, é de Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, que faria aniversário exatamente neste dia 4 de abril.

Hit fora do Barão

Exagerado é uma das suas canções mais conhecidas. É também a música que abre seu primeiro álbum solo, já fora do Barão Vermelho, e dá nome ao trabalho, do qual é o principal hit.

Originalmente, Cazuza compôs Exagerado para o Barão Vermelho, mas deixou a banda no meio das gravações do quarto álbum para ter sua carreira solo. Exagerado também tem créditos de composição ao produtor Ezequiel Neves “Zeca” e a Leoni.

Lançada em 1985, tornou-se um de seus maiores sucessos e sua marca registrada, mesmo 40 anos depois do seu lançamento, e 35 anos depois do falecimento precoce do poeta.

Hino de Áries

Em uma entrevista, Cazuza disse que Exagerado é a música mais autobiográfica que fez, embora tenha feito a letra pensando no produtor “Zeca”, afirmando que ele seria o verdadeiro exagerado. No entanto, a canção representa bem os nascidos em Áries, signo do cantor.

Bolero que acabou em The Who

Em outro depoimento, Leoni afirmou que, inicialmente, Exagerado fazia jus ao tema e tinha uma letra exageradamente enorme. E que, musicalmente, era pra ser um bolero.

Leoni disse que não tinha a menor ideia de como fazer um bolero e acabou se inspirando em The Who para musicar Exagerado. O clipe foi exibido pela primeira vez no Fantástico.

Inúmeras regravações

Extremamente identificável, Exagerado tem um exagero de regravações. Ney Matogrosso (em 1999), RPM (2002), Leoni (2005), Biquíni Cavadão (2008), e Frejat (2012) foram alguns dos nomes famosos que já gravaram suas versões.

Exagerado 3.0

Na gravação original, feita há 40 anos, além de Cazuza no vocal, Exagerado tem os teclados de Nico Rezende, as guitarras de Rogério Meanda, o baixo de Décio Crispim e a bateria de Fernando Moraes.

Na ocasião dos 30 anos da canção, em 2015, foi produzida a versão Exagerado 3.0, feita por Liminha, que manteve o vocal original de Cazuza, com guitarras de Dado Villa-Lobos e bateria de João Barone.

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