Cemitério indígena pode ter existido em Valinhos, aponta pesquisador

Localizado próximo ao Ribeirão Pinheiros, o espaço abriga estruturas de pedra que indicam possível presença indígena na região

Por Rafaela Duarte

Neste sábado é comemorado o Dia dos Povos Indígenas e uma curiosidade chama a atenção em Valinhos: a existência de um possível cemitério indígena na região do Parque Valinhos. A descoberta foi levantada pelo pesquisador voluntário Bryan Gouveia, que também é diretor da APHV (Associação de Preservação Histórica de Valinhos).

A área fica em um desmembramento das antigas Fazendas Santo Antônio da Figueira e Bela Aliança. O atual proprietário do terreno, Dr. Umberto Almeida, contribuiu com o pesquisador com relatos e fotografias que reforçam a hipótese da existência de um cemitério indígena no local.

De acordo com Bryan, há no terreno mais de uma dezena de estruturas, algumas feitas em pedra, com formatos piramidais e lineares, o que pode indicar práticas funerárias antigas. Apesar da notificação feita às autoridades competentes, o local ainda não foi oficialmente cadastrado como sítio arqueológico.

O possível cemitério está situado próximo às nascentes do Ribeirão Pinheiros. Segundo Gouveia, é provável que os povos indígenas habitassem a região justamente por estar à beira desse importante curso d’água, o que reforça uma ligação direta com a história e o território de Valinhos.

A região já é conhecida por sua riqueza histórica. Próximo dali, em Vinhedo, existem sítios arqueológicos do período colonial, como aponta o livro “Vinhedo: das aldeias indígenas aos condomínios fechados”, de Rodrigo Paixão.

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