Reabertura terá a exibição do filme “Terra em transe”, às 19h30. Com entrada gratuita a partir das 16h30
O Museu da Imagem e do Som de Campinas irá reabrir nesta quinta-feira, 1° de setembro, a sala de cinema Glauber Rocha. Desde o fechamento do Cine Paradiso, a cidade não tinha salas fora dos shoppings.
“Embora já houvesse programação de cinema no MIS não havia uma sala específica preparada para este fim”, explica o chefe do MIS, Alexandre Sonego.
Ele acrescenta: ”Esse é um anseio da população e dos movimentos culturais e cinéfilos em ter acesso a essa sala de cinema”.
A Sala Glauber Rocha é localizada no térreo do museu, o Palácio dos Azulejos, conta com 72 lugares, ar-condicionado, equipamentos de som, um novo projetor e teve toda a sua parte elétrica refeita.
Desde a sua fundação, em 1975, o MIS tem cumprido sua função de ser um espaço público focado em difundir e preservar o acervo da memória audiovisual da cidade de Campinas. Os três principais eixos de seu projeto museológico são preservação, educação e participação social – estreita e definitivamente vinculados.
Reabertura
A reabertura terá a exibição do filme “Terra em transe” às 19h30, um clássico do cinema brasileiro. Com entrada gratuita que pode ser retirada a partir das 18h30. Todos os domingos haverá sessões de cinema.
A programação de cinema do museu tem como Norte a gratuidade, a exibição de filmes de qualidade – clássicos, premiados, com temáticas relevantes e/ou produção regional, construída participativamente pelo usuário e os debates mantidos ao final das exibições, mantendo assim, o caráter cineclubista que está no cerne do seu projeto museológico.
Serviço
MIS Campinas – Rua Regente Feijó, 859, Centro
Telefone: 3733-8800
Terra em Transe (1967)
Classificação: 14 anos
Direção de Glauber Rocha. Brasil, PB, 115 min., original em português. Curadoria coletiva – Reabertura da Sala Glauber Rocha
Sinopse: O jornalista e poeta Paulo Martins (Jardel Filho) oscila entre diversas forças políticas que lutam pelo poder no fictício país de Eldorado: d. Porfírio Diaz (Paulo Autran), um líder político de direita, d. Felipe Vieira (José Lewgoy), governador da província de Alecrim, líder populista e demagógico, e d. Julio Fuentes (Paulo Gracindo), poderoso empresário dono de um império de comunicação. Numa conversa com a militante Sara (Glauce Rocha), Paulo conclui que o povo de Eldorado precisa de um líder e que Vieira possui tais atributos. Eldorado encontra-se entre o golpe de estado e o populismo, entre a crise e a transformação. E Paulo, dividido entre a poesia e a política, agoniza sem conseguir solucionar as incoerências de Eldorado e as suas próprias contradições.