Não há evidências de que a XFG cause quadros mais graves de covid-19


O Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos da nova variante do coronavírus no Brasil. Identificada como XFG e apelidada informalmente de “Stratus”, a cepa foi detectada nos Estados do Ceará e de São Paulo, totalizando oito infecções. Segundo boletim divulgado na primeira semana de julho, são seis casos no Ceará — a maioria em Fortaleza — e dois em São Paulo. Até o momento, não há registro de mortes associadas à nova variante no país.
A XFG foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “variante sob monitoramento” desde junho. Já presente em 38 países, a cepa é considerada de baixo risco global à saúde pública, de acordo com a OMS. As vacinas atualmente em uso continuam eficazes contra a nova linhagem.
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos no Ceará ocorreram entre os dias 25 e 31 de maio, conforme comunicado do governo estadual no último dia 4. A origem da XFG está na recombinação genética de duas sublinhagens da ômicron: LF.7 e LP.8.1.2.
Apesar do avanço da nova cepa — que saltou de 7% para 23% entre as amostras sequenciadas mundialmente em junho de 2025 —, não há evidências de que a XFG cause quadros mais graves de covid-19.
Os sintomas observados até o momento são semelhantes aos das variantes anteriores, com destaque para a rouquidão, considerada o sinal mais característico desta cepa. Outros sintomas relatados incluem tosse seca, dor de garganta, febre, fadiga e dores musculares.
As autoridades sanitárias reforçam a importância da vacinação e da vigilância contínua como medidas fundamentais para conter a disseminação do vírus e de suas novas variantes.