Oposição ao governo diz que criação da CPI foi um ‘balão de ensaio’ para forçar a queda do presidente da estatal
Apesar da resistência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) insiste na instalação de uma CPI (omissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a Petrobras, e principalmente os aumentos no combustível aplicados pela estatal.
O presidente diz que é favorável a apurar a conduta dos dirigentes da empresa petrolífera, mesmo tendo indicado o presidente da estatal, pois considera um abuso os preços praticados pela Petrobras.
Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que está recolhendo assinaturas para abrir a CPI para investigar a estatal. Ele, também, cobrou o Governo Federal e o Ministério da Economia para se envolverem nas discussões e que resolva algumas questões infraconstitucionais, por meio de medida provisória que alterem a Lei das Estatais no país.
As principais bancada da Câmara querem investigar os diretores da Petrobas e frear os reajustes, lucros e pagamentos de dividendos a acionistas. Há quem apresentou a criação de uma conta de estabilização para amortecer impacto de flutuações nos preços dos combustíveis, ressaltaram que a CPI é um ato lícito e de total transparência.
Este entrave contra a Petrobras vem desde a semana passada, quando o conselho da estatal rejeitou o pedido do Governo Federal para segurar os reajustes sobre o diesel e a gasolina.
O presidente da Câmara dos Deputados afirmou, também, que vai seguir com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que antevê repasses para os estados que aceitarem zerar suas alíquotas sobre combustíveis. A discussão ainda leva a encaixar na PEC uma proposta de medida para amenizar as categorias impactadas diretamente pela alta dos combustíveis, como: um voucher para caminhoneiros, vale gás, entre outros.
Lira disse em rede social que não há o que comemorar com os fatos recentes que envolvem a Petrobrás, e sim o drama do povo, vulneráveis e a urgência na questão dos combustíveis.