Comissão retoma trabalhos em agosto, com prazo estendido por mais 90 dias para conclusão do relatório final


A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Médico Fantasma, instaurada pela Câmara Municipal de Valinhos, segue avançando nas investigações sobre possíveis irregularidades na contratação de um médico que teria recebido cerca de R$ 60 mil do Cismetro entre 2023 e 2024, sem prestar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
No último dia 14 de maio, foram ouvidos Carlos Alessandro da Silva Santos, Keity de Cassia Grandin e Marcos Paulo Lima Barbosa Junior, convocados para prestar esclarecimentos à comissão. Já a ex-diretora da UPA, Andrea Aparecida Pandolfo, não compareceu à oitiva mesmo após ser formalmente convocada, apresentando atestados médicos como justificativa.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e, logo após assumir a Prefeitura, o prefeito Franklin Duarte (PL) exonerou o médico envolvido. Desde então, a CPI, presidida pelo vereador Vagner Alves e com relatoria de Rafa Marques, tem trabalhado para esclarecer os fatos, levantar documentos e ouvir os envolvidos.
Em conversa com o Jornal Terceira Visão, o presidente da comissão informou que o Cismetro atendeu aos pedidos da CPI e entregou os documentos solicitados. “Os documentos já estão conosco e em análise. Teremos novas oitivas em agosto e vamos solicitar uma nova prorrogação de 90 dias — que será a última — para concluir os trabalhos e entregar o relatório final”, afirmou Vagner.
Com o recesso legislativo, o prazo da CPI está temporariamente suspenso, mas as análises continuam em andamento. A comissão reafirma seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão pública. Caso confirmadas irregularidades, o relatório será encaminhado ao Ministério Público para as devidas providências.