Crise alimentar na África Ocidental e Central atinge níveis alarmantes e ameaça milhões de vidas

Foto: ONU/ Divulgação

Mais de 36 milhões de pessoas enfrentam fome severa na África Ocidental e Central, uma situação que tende a se agravar nos próximos meses, segundo alerta do Programa Alimentar Mundial (PAM). A expectativa é que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar possa chegar a 52 milhões no verão, período entre safras agrícolas marcado por escassez.

A crise é provocada por conflitos armados, deslocamentos forçados, instabilidade econômica e eventos climáticos extremos, como secas e enchentes. Atualmente, quase três milhões de pessoas já vivem em emergência alimentar, o que significa risco direto à vida por falta de alimentos adequados.

O PAM classificou o cenário como uma “crise sem precedentes” e alertou para a redução de 40% no financiamento internacional previsto para 2025, o que compromete significativamente as operações de assistência alimentar. A situação piorou ainda mais com a suspensão de programas de ajuda dos Estados Unidos durante o governo Donald Trump e a redução das contribuições de países ocidentais.

No fim de abril, a agência anunciou que, sem novos recursos, será obrigada a cortar de 25% a 30% de sua força de trabalho global e pode deixar de atender cerca de cinco milhões de pessoas. A diretora regional do PAM para a África Ocidental e Central, Margot van der Velden, alertou: “Chegamos a um ponto crítico. Sem financiamento urgente, vidas serão perdidas.”

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