80 anos se passaram dos primórdios do que viria a ser a Rigesa até sua atual ruína
Por Bruno Marques
Antes de falar do presente, é ao menos prudente que se revisite o passado. E foi esse o cuidado tomado pelo Jornal Terceira Visão com a história de Valinhos, no caso, ao consultar os ricos registros feitos registrado por Marcel Trombetta Pazinatto, sócio-fundador da APHV – Associação de Preservação Histórica de Valinhos, pesquisador, engenheiro e sócio-correspondente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas (IHGG).
“No dia 4 de agosto de 1942 nascia a Gerin Focesi & Cia. A sociedade comercial em comandita simples, fundada por Jasper Bresler, Aldo Focesi e pela família Gerin chamava-se Fábrica de Papelão Campinas. Sua primeira instalação foi estabelecida em antigos ranchos de olaria no distrito de Valinhos. Após mais de 75 anos, com algumas fusões e várias designações societárias, a empresa gerou milhares de empregos e se tornou uma das maiores empresas do seu ramo, além de registrar sua história nos carnavais e no futebol. Deixará muitas lembranças no consciente coletivo e uma nova paisagem deve surgir no centro de Valinhos”.
E, segundo o publicado no artigo Rigesa S.A. – Uma breve história no tempo, no blog historiavalinhos.blogspot.com, no dia 4 de agosto de 1942 – ou seja, há exatos 80 anos -, nascia a Gerin Focesi & Cia, no distrito de Sousas, em Campinas. Fundada por Jasper Bresler, Aldo Focesi e pela família Gerin, a sociedade comercial em comandita simples chamava-se Fábrica de Papelão Campinas. Em 1943, pela abundância de água do Ribeirão Pinheiro, os sócios compraram o terreno da antiga olaria da família Franceschini, no distrito de Valinhos – na época com cerca de 20 mil habitantes –, para a montagem da fábrica.
Ainda de acordo com o artigo do pesquisador, na década de 50 ocorre a criação do nome RIGESA S.A., que é uma junção das iniciais dos nomes dos sócios; o “RI” de Ribeiro, “GE” de Gerin e o “SA” de sociedade anônima. Após 20 anos, já na década de 2000, a Rigesa integrou-se ao grupo norte-americano Westvaco. Em 2017, a empresa anunciou que iria embora de Valinhos para uma nova planta em Porto Feliz. Com a saída da empresa, a cidade de deixou de arrecadar em torno de 6 milhões de reais.
Hoje a área está completamente devastada, alvo de diversos processos e incompetências de administração pública. O que sobraram foram pichações, destroços e ainda mais especulação imobiliária. Tudo em cima das ruínas de um dos maiores símbolos da história de Valinhos.