“DAEV vive uma reconstrução e se prepara para grandes obras em Valinhos”, afirma Luiz Mayr Neto

Vice-prefeito e presidente do DAEV destaca avanços na gestão, investimentos em saneamento e revitalização do CLT em entrevista ao jornalista Fernando Brocchi

Em entrevista concedida no dia 7 de outubro de 2025 ao jornalista Fernando Brocchi, o vice-prefeito de Valinhos e presidente do DAEV, Luiz Mayr Neto, falou sobre os desafios e as conquistas da atual gestão do Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos. Entre os principais temas, ele destacou a reconstrução administrativa do órgão, a situação das estações de tratamento, os novos investimentos e a revitalização do CLT, que deve ser entregue à população ainda neste ano.

Vice-prefeito Luiz Mayr Neto, presidente do DAEV, fala sobre obras de saneamento e revitalização do CLT em Valinhos. (Foto: JTV)

“O DAEV passou por um processo de reconstrução”

Mayr, como você encontrou o DAEV ao assumir e o que mudou desde então?
Encontramos um cenário bastante delicado, com problemas administrativos e técnicos. Desde 2 de janeiro, iniciamos uma reconstrução completa, reorganizando o conselho e a diretoria. Também tivemos que pacificar o quadro de funcionários, já que o governo anterior queria vender o DAEV, o que gerou muita divisão interna. Hoje, o DAEV é uma empresa pública S/A, 100% do município, com saúde financeira sólida e foco em eficiência.

“Estamos investindo em obras e modernização”

Quais os principais projetos em andamento?
O mais importante é o projeto da nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Capuava, orçada em R$ 130 milhões, com financiamento do PAC. Já fomos enquadrados e aguardamos a liberação dos recursos. Além disso, estamos ampliando a rede de esgoto, fazendo trocas de adutoras antigas, e investindo em redução de perdas de água — uma das prioridades para 2026.

“Valinhos tem capacidade de investimento e endividamento controlado”

O DAEV tem fôlego financeiro para esses investimentos?
Sim. O DAEV apresentou lucro de R$ 12 milhões em março e está pagando metade da dívida da ‘obra do século’, cerca de R$ 1,6 milhão por mês. Temos capacidade de endividamento e condições de arcar com novos financiamentos. Nosso objetivo é atingir, até 2033, 99% de abastecimento de água tratada e 90% de esgoto coletado, conforme o Marco do Saneamento.

“CLT será o novo parque de lazer de Valinhos”

E o CLT, que voltou ao DAEV?
O CLT foi totalmente desassoreado, com retirada de 25 milhões de litros de lodo. Agora, estamos revitalizando o espaço para transformá-lo em um grande parque urbano, com calçamento intertravado, alambrado, quiosques e pedalinhos. A previsão de entrega é antes do Natal, como um presente para os valinhenses.

“Valinhos superou a estiagem sem racionamento”

Como está o abastecimento de água na cidade?
Mesmo no período de estiagem, não tivemos racionamento. Hoje, 60% da água vem do Rio Atibaia e 40% dos mananciais locais, todos preservados. Com o Centro de Controle Operacional (CCO), monitoramos em tempo real os reservatórios e detectamos vazamentos rapidamente — já evitamos a perda de um milhão de litros por dia em algumas áreas.

“Saneamento é investimento diário”

O que o senhor destaca como prioridade para 2026?
Vamos investir pesado na troca de redes antigas e na instalação de válvulas redutoras de pressão, reduzindo rompimentos. Também estamos levando saneamento para a zona rural, com projeto de R$ 6 milhões pela Funasa e instalação de biodigestores em chácaras e escolas. Saneamento é um trabalho diário, e Valinhos está no caminho certo.

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