Perda de cobertura florestal global atinge 3,7 milhões de hectares em 2023
Em 2023, o mundo testemunhou a devastação de 3,7 milhões de hectares de floresta primária, equivalente à destruição de dez campos de futebol por minuto ou a uma área do tamanho do Butão. Apesar de avanços notáveis no Brasil e Colômbia, houve retrocessos em nações como Bolívia, Laos e Nicarágua.
O relatório, elaborado pelo Laboratório de Análise e Descoberta de Terras Globais (Glad), aponta para a relevância das políticas ambientais na transformação desses indicadores. O Brasil, embora ainda enfrente desafios significativos, registrou uma queda de 36% na perda de cobertura florestal, impulsionada por melhorias na região amazônica.
Entretanto, os especialistas alertam para a importância de estender essas diretrizes para outros biomas, especialmente o Cerrado e o Pantanal, que enfrentam aumentos no desmatamento e incêndios florestais. A situação é ainda mais grave na Bolívia, que testemunhou um aumento de 27% na perda de floresta primária, destacando-se como o terceiro país tropical com maior devastação.
Apesar dos esforços, o relatório evidencia que o mundo ainda está longe de alcançar as metas estabelecidas pela Declaração dos Líderes de Glasgow, com perdas florestais anuais de 3 a 4 milhões de hectares nas últimas duas décadas. Países como Canadá e Indonésia também enfrentam desafios, com aumentos significativos na perda de cobertura florestal devido a incêndios e eventos climáticos extremos.