O dólar comercial voltou a subir nesta quinta-feira, dia 27, encerrando o dia cotado a R$ 5,752, com alta de 0,34%. A moeda chegou a atingir R$ 5,77 pela manhã, mas oscilou ao longo do dia, fechando próxima ao patamar de R$ 5,75. O avanço foi impulsionado pelos impactos da decisão do governo de Donald Trump de aplicar uma sobretaxa de 25% nas importações de veículos, o que gerou reflexos negativos nas moedas latino-americanas.
Apesar da alta nos últimos dias, o dólar acumula uma queda de 2,77% em março e de 6,81% em 2025.
Bolsa brasileira segue em alta
Enquanto as moedas da região sentiram os efeitos da decisão dos EUA, o mercado de ações no Brasil seguiu em movimento positivo. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 0,47%, fechando aos 133.149 pontos, seu maior nível desde outubro do ano passado.
O bom desempenho foi impulsionado por empresas exportadoras de commodities, como petroleiras, mineradoras e frigoríficos.
Impactos da sobretaxação nos mercados globais
Nos Estados Unidos, a notícia da sobretaxa de 25% sobre importações de veículos teve impacto negativo nas bolsas. As ações de montadoras caíram na Bolsa de Nova York, pressionando os índices norte-americanos para baixo.
Além disso, a decisão de Trump também afetou países exportadores de minério de ferro, aço e cobre, componentes essenciais na fabricação de veículos. Isso ajudou a enfraquecer as moedas de nações que dependem da exportação desses produtos, como o Brasil.
No cenário interno, um fator que ajudou a Bolsa brasileira foi a divulgação da prévia da inflação oficial, que veio abaixo das expectativas. Esse dado aumentou as especulações de que o Banco Central pode reduzir os juros em um ritmo menor que o esperado, o que favorece o mercado de ações e estimula o consumo.