A onda de inundações que atingiu o sudoeste da Ásia na última semana provocou um cenário de destruição e elevou o número de mortes para mais de 1.100, segundo balanços oficiais divulgados nesta segunda-feira (1º). Indonésia e Sri Lanka foram os países mais afetados e mobilizaram seus Exércitos para operações de resgate, além de solicitar apoio internacional diante da gravidade da tragédia.
Fenômenos meteorológicos intensos provocaram chuvas torrenciais no Sri Lanka, na ilha indonésia de Sumatra, no sul da Tailândia e no norte da Malásia, ampliando os danos e dificultando o acesso às áreas mais atingidas.
Os números atualizados de mortos por país são:
- Indonésia: 604
- Sri Lanka: 355
- Tailândia: 176
- Malásia: 2
Na Indonésia, o presidente Prabowo Subianto declarou que a prioridade é fazer a ajuda chegar aos vilarejos isolados. Helicópteros, aviões, navios militares e navios-hospital foram enviados para as regiões devastadas. Além dos 604 mortos, o país registra 464 desaparecidos e mais de 578 mil desabrigados — o pior desastre natural desde o terremoto e tsunami de 2018.
No vilarejo de Sungai Nyalo, em Sumatra Ocidental, o recuo das águas revelou casas, plantações e veículos cobertos por lama espessa. Estradas continuam bloqueadas, dificultando as operações de resgate.
No Sri Lanka, o governo declarou estado de emergência e também pediu apoio internacional. As equipes de emergência utilizam helicópteros para acessar áreas isoladas. O desastre já deixou 355 mortos e 366 desaparecidos, configurando o pior evento climático desde o tsunami de 2004. Em Colombo, as chuvas cessaram e alguns comércios começaram a reabrir, enquanto moradores tentam limpar casas tomadas pela lama.
A Tailândia atualizou para 176 o número de mortos. Embora o governo tenha enviado assistência, a resposta às enchentes gerou críticas da população e levou à suspensão de dois funcionários por falhas na atuação.
Na Malásia, duas pessoas morreram no estado de Perlis, onde diversas áreas foram alagadas.
A região enfrenta a temporada anual de monções, agravada este ano pela passagem de uma rara tempestade tropical. Especialistas destacam que as mudanças climáticas têm intensificado os episódios de chuva extrema, já que atmosferas mais quentes retêm maior quantidade de umidade, aumentando o risco de enchentes e deslizamentos.
Quer saber as últimas notícias de Valinhos, siga o nosso Instagram: https://www.instagram.com/jornalterceiravisao/