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Entenda a doença que atinge o sistema nervoso central

Por Gabriel Previtale

A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, comprometendo o cérebro e a medula espinhal. Segundo o neurologista Abraão Iuri Medeiros Angelim, na EM, o sistema imunológico ataca erroneamente a bainha de mielina, uma camada que envolve e protege as fibras nervosas. Esse dano à mielina prejudica a comunicação entre os neurônios, resultando em uma variedade de sintomas neurológicos. Com o tempo, a destruição contínua pode causar danos permanentes aos nervos, levando à degeneração dos neurônios e a sintomas irreversíveis.

Segundo Dr. Abraão, a esclerose múltipla é mais comum em mulheres, manifestando-se geralmente entre os 20 e 40 anos. Outros fatores de risco incluem baixos níveis de vitamina D, exposição limitada ao sol, etnia (mais prevalente em pessoas de ascendência europeia), infecções virais, como o vírus Epstein-Barr, tabagismo e histórico familiar. “Embora a EM não seja diretamente hereditária, ter um parente de primeiro grau com a doença aumenta o risco”, explica Angelim.

Os sintomas iniciais da esclerose múltipla podem ser variados e incluem problemas visuais, formigamento, dormência, fadiga intensa, dificuldades de equilíbrio e coordenação, espasmos musculares, fraqueza, e problemas urinários e intestinais, explica o neurologista. A natureza intermitente desses sintomas torna o diagnóstico precoce um desafio.

Para diagnosticar a esclerose múltipla, são utilizados exames como a ressonância magnética, que pode revelar lesões típicas da doença, e a análise do líquido cefalorraquidiano, que detecta a presença de bandas oligoclonais. A avaliação neurológica detalhada também é crucial para diferenciar a EM de outras condições neurológicas com sintomas semelhantes.

Não há uma forma definitiva de prevenir a esclerose múltipla, mas algumas estratégias podem ajudar a reduzir o risco de surtos e gerenciar a progressão da doença. Manter um estilo de vida saudável, controlar o estresse, evitar o tabagismo e garantir níveis adequados de vitamina D são algumas das medidas recomendadas.

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