Quem ficou acordado para ver o “debate” entre os candidatos com maior intenção de votos de São Paulo, no domingo à noite, assistiu ao vivo à cena da semana:
Pablo Marçal, o “ex-coach”, que já foi preso, condenado por furto qualificado e, aos 37 anos é postulante a prefeito da maior cidade do país, afirmou, olhando para a câmera, que seu adversário na eleição não era homem para ir agredi-lo.
O alvo da provocação, José Luiz Datena, tem idade para ser pai do provocador, tendo 30 anos a mais que Marçal. O apresentador de programa policial sensacionalista, com trajetória marcada por muitas controvérsias, saiu imediatamente de onde estava, pegou uma cadeira e atingiu o rival.
Já quem tentou se poupar no fim da noite de domingo, indo dormir mais cedo para iniciar uma nova semana de cão, acordou na segunda-feira bem cedo com uma enxurrada de postagens indo de notícias a inúmeros memes sobre o violento ocorrido.
Datena disse que errou, mas que não se arrepende. Já, Marçal, disse que fraturou uma costela mesmo não tendo sido atingido no local, e postou fotos em que estaria recebendo tratamento de urgência numa ambulância.
Tudo isso antecedeu imediatamente a segunda série especial de entrevistas que o Jornal Terceira Visão realizou, ao longo desta semana, com os candidatos a prefeito de Valinhos.
Para isso, nossa equipe se preparou muito. E essa preparação foi desde o agendamento com os postulantes até a organização do estúdio. Desde a leitura de todos os planos de governo dos cinco candidatos até as transmissões e publicações em nossas redes.
Ou seja, não bastou nós dizermos que queríamos fazer a sabatina. Nós dissemos como fazemos e, efetivamente, fizemos. Portanto, irrelevância não é dizer como fazer, e sim o contrário: dizer que vai fazer, mas não ser capaz de dizer como, o que abre ao menos dúvida se vai fazer mesmo.
E, assim, o JTV mais uma vez comprovou sua capacidade demonstrando profissionalismo através de mais esta sabatina, fazendo urgir o jornalismo consciente acima de cadeiradas e irrelevâncias.