“Escola é lugar de formação de cidadãos conscientes e críticos”, afirmou professor Rogério Bento

Mestre geógrafo enfatiza o papel do pedagogo na sociedade e alertou para o sucateamento da escola pública pela classe dominante

Por Bruno Marques

Nesta segunda edição da recuperada e reformulada seção especial, Mestres por Paixão, esta reportagem entrevistou Rogério Bento Negrini.
Nascido em Pirajuí, o professor de 54 anos leciona na rede estadual há 31, na municipal há 22, e em Valinhos há 26. O docente também já atuou em Indaiatuba, Hortolândia e Campinas.

Para construirmos uma sociedade mais justa e solidária

Sobre como e quando decidiu ser professor, Rogério explicou: “Em 1991, fazia economia e desisti para fazer Geografia. Naquela época pensei que deveria construir a História e não passar por ela. A profissão de professor nos proporciona este papel de formar cidadãos críticos e conscientes para construirmos uma sociedade mais justa e solidária”.

Sensível às questões sociais

Mestre Rogério leciona geografia na E.E. Professor Antonio Alves Aranha e na EMEB Professora Marli Aparecida Borelli Bazetto. Para ele, o professor precisa ser humano, sensível às questões sociais, e lutar pelos seus direitos, além de defender a escola pública e de qualidade para todos, em especial para a classe trabalhadora.
Ele ainda destacou que o professor não deve ser autoritário e tem o dever de respeitar as diversidades.

Educação é um direito

O docente confessou que vê com muita preocupação o futuro da atuação de pedagogos e explicou por que: “O sucateamento da escola pública é um projeto político da classe dominante. No Ensino Médio, em 2025, o governador do estado está tirando as aulas de Geografia e História do 3º ano do Ensino Médio e diminuindo as aulas no Ensino Fundamental. Além disso, há a privatização das escolas”.
Professor Rogério ainda pontuou que educação é um direito. Não é mercadoria, nem empresa. E enfatizou: “Escola é lugar de formação de cidadãos conscientes e críticos. Educação não é meta. É prioridade”.
Por fim, o geógrafo concluiu citando o revolucionário e honorário Paulo Freire: “A educação não muda o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”.

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