FAB se declara pronta para repatriar brasileiros em meio ao agravamento do conflito entre Israel e Irã

Ministério das Relações Exteriores orienta que brasileiros evitem viagens à região e mantém apoio a cidadãos que ainda estão em território israelense

Diante da escalada do conflito entre Israel e Irã, o Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciou, nesta quinta-feira (19), que dará assistência aos cidadãos brasileiros que desejarem deixar o país. A medida foi divulgada por meio de um comunicado da embaixada israelense em Brasília, que confirmou o apoio à retirada de delegações brasileiras, as quais já cruzaram a fronteira em direção à Jordânia.

Simultaneamente, a Força Aérea Brasileira (FAB) respondeu a um ofício do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, afirmando estar “em condições” de realizar missões de repatriação. A ação, no entanto, ainda depende de autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da articulação entre os ministérios da Defesa e das Relações Exteriores.

“A Força Aérea Brasileira encontra-se em condições de realizar a respectiva missão”, destacou o major-brigadeiro do Ar Antônio Luiz Godoy Soares Rodrigues, chefe de gabinete do Comandante da Aeronáutica.

Orientações do Itamaraty

O Itamaraty já vinha conduzindo negociações com autoridades de Israel, Jordânia e Arábia Saudita para garantir a saída de brasileiros, com autorização para cruzar fronteiras e obtenção de vistos. As viagens até o momento foram feitas em voos comerciais ou privados, sem utilização de aeronaves militares.

O governo brasileiro desaconselha viagens a Israel e Irã neste momento. Para brasileiros que ainda estão nesses países, a recomendação é:

  • Sair de casa apenas se a situação estiver segura;
  • Manter contato com as embaixadas brasileiras;
  • Garantir que a documentação esteja atualizada.

Histórico e contexto da tensão

O pedido de apoio à FAB ocorre após o ataque de Israel a instalações militares no Irã, intensificando os riscos de um conflito regional ampliado. Desde então, os países têm trocado ataques, aumentando a tensão no Oriente Médio. A FAB já havia realizado missões similares desde o início dos confrontos entre Israel e o grupo Hamas, na Faixa de Gaza, e contra o grupo Hezbollah, no Líbano.

Em nota oficial, o governo brasileiro condenou o ataque israelense ao Irã, alegando violação da soberania e alertando para a possibilidade de agravamento generalizado do conflito.

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