Galpão clandestino produzia mais de 14 mil garrafas com rótulos de marcas famosas perto do Aeroporto de Viracopos.
A Polícia Civil e a Guarda Municipal de Campinas fecharam uma fábrica clandestina de cerveja falsificada na região do bairro Cidade Singer, próxima ao Aeroporto Internacional de Viracopos, nesta sexta-feira, dia 3. A operação resultou na prisão de cinco pessoas em flagrante.
De acordo com a polícia, o galpão funcionava sem qualquer estrutura sanitária e armazenava cerca de 14,6 mil garrafas de cerveja com rótulos e tampas falsificados de marcas conhecidas, como Brahma e Original, prontas para distribuição ilegal em bares e comércios da região.
Os suspeitos usavam garrafas reaproveitadas de 600 ml, de marcas mais baratas ou sem identificação, e aplicavam rótulos e tampas falsos para simular produtos premium. Segundo o delegado responsável, os presos afirmaram receber cerca de R$ 3 por caixa (com 20 unidades) de bebida falsificada. Estima-se que 840 caixas seriam distribuídas na semana da operação.
As investigações apontam que, apesar da falsificação de rótulos, o líquido não apresentava sinais de adulteração química com metanol, substância tóxica que tem causado intoxicações em outras regiões do Estado. Ainda assim, as condições do local eram consideradas insalubres, com acúmulo de lixo, falta de higiene e ausência de refrigeração.
Além das bebidas, a polícia apreendeu equipamentos de envase, rótulos, tampas e celulares, que serão periciados para identificar os líderes do esquema e os pontos de venda.
O caso faz parte de uma ofensiva estadual contra bebidas falsificadas, intensificada após casos recentes de intoxicação por metanol em São Paulo. A Prefeitura de Campinas informou que a Vigilância Sanitária foi acionada para acompanhar as investigações e recolher eventuais produtos suspeitos no comércio local. As apurações continuam para identificar a cadeia completa de produção e distribuição da cerveja adulterada.